No futuro do ‘amanhã’, próximo, quem sabe parecidos com filmes futurísticos, será comum ver veículos elétricos sendo recarregados enquanto estão em tráfego nas pistas? Isso porque a empresa Electreon, com sede na Alemanha, desenvolveu tecnologia que irá viabilizar tais sonhos de consumo dos ‘futuramas’. Não muito distante disso, a Electreon se uniu à principal empresa alemã de carregamento de energia elétrica para carros. A EnBW. A fim de que isso seja possível.
Por outro lado o sistema rodoviário elétrico – ERS –, será instalado ao longo de um quilômetro de via. A cidade alemã Balingen, será pioneira à receber testes da tecnologia mais recente. Quando o veículo elétrico passar na estrada, ele será recarregado instantaneamente. Mesmo em movimento. Portanto, através do sistema desenvolvido pela Electreon, será possível que veículos elétricos sejam recarregados sem a necessidade de cabos ou estações. Dessa forma, Andreas Wendt, CEO da empresa alemã, explicou que objetivo da tecnologia é levar autonomia. Sempre a fim de agilizar à recarga dos veículos elétricos. Pois assim, isso poderá evitar possíveis imprevistos, como carro ficar sem energia na estrada.
Ou seja, através de placas metalizadas, ligadas a linha de energia, somado à um inversor, campos elétricos serão desenvolvidos. Assim, a energia será transmitida pelas placas que ficam na parte inferior do veículo elétrico. Além disso, estradas que tiverem o ERS, serão monitoradas em tempo real, através de um programa. Portanto, haverá informações sobre velocidade, trajeto percorrido, e cobrança de quilowatts que o carro elétrico consumiu.
Algumas questões difíceis para o sonho dos veículos elétricos
Principais prós e contras dos carros elétricos, já são conhecidos por quem costuma acompanhar da temática. Dessa forma, do lado entusiasmado, se comemora emissão zero de poluentes, silêncio, manutenção barata, muito torque e baixo custo de rodagem. Do lado menos apaixonados, se lamenta alto preço de compra, a baixa autonomia, demora na recarga, além de poucos postos de abastecimento. Por outro lado, existem questões, que não costumam aparecer nas análises tradicionais. Sobre tecnologia que dominará indústria automobilística nos próximos anos. De questões, surgem no mínimo quatro desafios. Isso para os quais ninguém ainda encontrou resposta. E como todo avanço até aqui na história da humanidade, mercado vai deixando para se preocupar com isso lá na frente.
Não distante disso, grandes fabricantes de automóveis, estão extremamente preocupados com o ano de 2030. Data em que expressiva parte da Europa, deve suspender a venda de veículos a combustão. Até nos EUA há estados que vão aderir à proibição:
- Califórnia
- Massachusetts
- New Jersey. Todos em 2035.
Complicações complicadas
Assim, dizem alguns estudiosos da área, ser pouco tempo para fazer conversão do gigantesco negócio. Que trabalha com um ciclo de produto de longo prazo. Pois são em média quatro anos para fazer projeto de carro a partir do zero. Numa conta básica, a Europa tem apenas nove anos para transformar 100% da indústria, em produtora de carros elétricos. Dessa forma, hoje, carros elétricos representam 6% do mercado europeu. Ou seja, esse crescimento tímido, só ocorreu, com ajuda dos enormes incentivos dos governos. Porém, dar benefícios fiscais de até US$ 7.500, quanto os elétricos representam uma mixaria nas vendas. Como será na próxima década? Quando milhões de impostos não forem para cofres desses mesmos governos?
Dessa forma, é por conta desse cenário tão complexo, e ainda indefinido, que alguns analistas do setor apostam que até 2030, data de proibição pode ser prorrogada. Por outro lado, estudo encomendado pela Volkswagen, na Alemanha, para o Instituto Fraunhofer, para organização e engenharia industrial, diz que 12% dos empregos da indústria automobilística devem sumir. Já computando atividades que vão surgir. Alguns alertam, porém, que se trata de estimativa muito otimista. Assim sendo, com tudo no mundo cada vez mais digitalizado, mais produtos estarão conectados à internet. Logo, mais celulares e computadores serão vendidos.
E todos usam baterias de lítio. Que têm a mesma tecnologia do veículo elétrico. Só que bateria do carro elétrico, precisa de 100 mil vezes mais energia que no celular. Então, dá para imaginar tamanho do problema de 2030.