Durante sessão do Tribunal de Contas da União (TCU), realizado na última quarta-feira, dia 15, o tribunal aceitou o pedido oriundo do Congresso Nacional para analisar os gastos sigilosos do ex presidente Bolsonaro durante os seus 3 últimos meses de mandato.
Visto que nos respectivos meses houve um “aumento expressivo” dos gastos sigilosos do ex presidente.
O próprio TCU foi quem divulgou o relatório com a informação, assinado pelo ministro Bruno Dantas, presidente do TCU e pelo relator, ministro Antônio Anastásia.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), da Câmara dos Deputados, foi quem solicitou a ação.
A fim de analisar a “legalidade e legitimidade de despesas do cartão de pagamento do governo federal”, fazendo referência ao cartão corporativo de Bolsonaro.
Aumento significativo de gastos sigilosos no Cartão Corporativo de Bolsonaro
De acordo com o documento recebido pelo TCU, os gastos sigilosos de Bolsonaro somavam mais de R$ 22 milhões até novembro do ano passado.
Entretanto, apenas durante o período eleitoral, as despesas somaram mais de R$ 9 milhões.
Isso significa um aumento mais do que expressivo de impressionantes 108% em relação à média mensal de gastos feitos em 2021.
Que registam um valor um pouco maior do que R$ 1 milhão.
Enquanto que a média mensal de 2022 ultrapassou os R$ 3 milhões.
Ainda de acordo com o documento, “a análise é referente às despesas realizadas com recursos públicos federais, de forma a solicitar a prestação de informações e a realização de auditorias e inspeções pelo TCU”, que também irá investigar gastos referentes ao período eleitoral de 2018.
“Faz-se necessário, em momento oportuno, acessar os dados do ano de 2018, o que também mitigaria a possível distorção ocasionada por efeito da pandemia de Covid-19, em relação às médias mensais”, cita o relatório.
Ademais, o relatório cita também que o processo de fiscalização contínua nos gastos do cartão corporativo da Presidência da República.
Que também vai analisar os gastos da Secretaria-geral da Presidência da República, o Gabinete Pessoal do Presidente da República e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República “contemplando a atuação do Banco do Brasil (BB) como operador das despesas, podendo se estender a outros órgãos”, pontua o documento.
“Isso posto, entende-se que a melhor forma de atender a tal demanda recorrente é por meio de fiscalização contínua, na modalidade de acompanhamento, que permitirá o controle concomitante dos gastos com o CPGF.”
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