O PIB é utilizado no país há vários anos para calcular o reajuste do salário-mínimo, que também é defendido pelo novo governo. Compreendo!
O salário-mínimo é tema constante nas discussões governamentais recentes. Isso porque o piso atual de R$ 1.302 foi fixado pelo governo Bolsonaro. Assim está abaixo do patamar prometido pelo presidente Lula (PT) de R$ 1.320.
O aumento do valor foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado por meio da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Transição, mas agora a nova liderança alega que não há recursos suficientes para implementá-lo.
Grupos de trabalho foram criados esta semana para examinar os aumentos salariais a partir de maio deste ano. No entanto, o patamar mínimo com ajuste pelo PIB (Produto Interno Bruto) só deve ser no ano que vem.
Veja o motivo do governo não aumentar o salário mínimo!
Inclusão do PIB no salário-mínimo
O atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também atuou na pasta de 2005 a 2007. Naquela época, o patamar nacional era alterado com base nos dados apresentados pelo PIB, o que era uma forma de oferecer lucro real aos trabalhadores brasileiros. No entanto, ainda não há indícios de que esse cálculo volte em 2023.
Durante o governo de transição, Wellington Dias, que chefia o Ministério do Desenvolvimento Social, disse que a indexação do PIB para aumentar o salário mínimo deve ser adotada a partir de 2024.
OQUE diz o Ministro do Trabalho
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reuniu-se nesta quinta-feira (19) com centrais sindicais, representantes comerciais e fornecedores de aplicativos na segunda rodada de negociações sobre a renovação da política de valorização do salário-mínimo. No encontro, o ministro voltou a defender a política de valorização do Ministério Público nacional, mas para os próximos anos.
Atualmente, o salário-mínimo é de R$ 1.302, ao contrário dos R$ 1.320 propostos durante o governo de transição. Mesmo assim, a sede do sindicato quer um aumento ainda maior para R$ 1.342.
Lula defende a indexação do PIB no piso nacional
Em reunião com sindicalistas na última quarta-feira (18), o presidente Lula afirmou que o salário-mínimo deve subir junto com o PIB. Foi então que grupos de trabalho foram criados para investigar a valorização dos salários.
Nesse sentido, é provável que o governo adote a indexação salarial além da taxa de inflação já utilizada no cálculo dos salários.
Porém, para este ano, pelo que se sabe até agora, o salário segue em R$ 1.302 até que o grupo aponte estratégias para oficializar o valor de R$ 1.320, conforme prometido pela nova liderança do governo.