O primeiro semestre de 2023 no Brasil foi marcado pelo retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, estando em seu terceiro mandato após uma década longe do poder. O período apresentou uma considerável recuperação econômica, com a Bolsa de Valores apresentando a terceira maior alta dos últimos dez anos. No entanto, o desempenho ainda fica atrás do semestre inicial do governo de Jair Bolsonaro.
Segundo dados fornecidos pelo TradeMap para o Monitor do Mercado, a bolsa brasileira Ibovespa teve crescimento de 7,61% neste primeiro semestre. O número mais expressivo de alta nos primeiros seis meses do ano ainda é o de 2016, com 18,86%, seguido de 2019, sob comando de Bolsonaro, com 14,88%.
Junho de 2023: Um mês de alta
Grande contribuição para o saldo positivo do semestre veio de junho. O mês fechou com alta de 9%, apesar do fechamento negativo em 30 de junho. Esta performance posicionou junho como o quarto mês de maior alta desde o início da pandemia.
Quais foram os maiores desafios econômicos?
Apesar dos resultados positivos, o semestre também foi palco de instabilidades. A maior queda dentre os meses ocorreu em fevereiro, quando o Ibovespa caiu 7,49%. Essa foi a maior queda mensal desde julho de 2022.
Como se comportaram as empresas de maior peso na Bolsa?
No que diz respeito às empresas com mais peso na Bolsa, a Petrobras e a Vale apresentaram desempenho divergente. As ações da estatal Petrobras (PETR4) tiveram alta de 28,84% durante o semestre. Por outro lado, a Vale apresentou queda significativa, com suas ações desvalorizando 28,17% no período.
Embora a economia brasileira tenha demonstrado resilência e capacidade de recuperação neste primeiro semestre de 2023, os desafios são contínuos. Afinal, os impactos da pandemia ainda se fazem presentes e as expectativas para o restante do ano ainda são incertas. De qualquer forma, fica evidente que o cenário econômico é uma variável dinâmica e o papel dos governantes é crucial para sua estabilidade e crescimento.