Uma iniciativa governamental, conhecida com o nome de Desenrola Brasil, vem causando alvorço nos corredores bancários e proporcionando alivio para milhões de brasileiros endividados. Nos cinco primeiros dias, cerca de R$ 500 milhões em dívidas foram renegociadas.
De acordo com informações preliminares da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), essa ação já proporcionou a limpeza do nome de aproximadamente 2 milhões de consumidores que possuíam dívidas de até R$ 100.
Como funciona o Desenrola Brasil?
O Desenrola Brasil surgiu como uma contrapartida oferecida pelos bancos que aderem a esse programa, cujo objetivo é simplificar o acesso ao crédito para pessoas inadimplentes. A estratégia de negociação das dívidas pode variar conforme o banco, mas de modo geral as condições apresentadas prometem ser diferenciadas e vantajosas para o consumidor em débito.
Nesse sentido, é importante mencionar que o Desenrola Brasil é um programa elaborado pela gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que iniciou em julho do ano passado (2022).
Quais são as expectativas para o Desenrola Brasil?
Os resultados obtidos pelo programa surpreenderam inclusive o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ao ser lançado, a projeção inicial do governo era de que, nesta fase do programa, cerca de 1,5 milhão de pessoas seriam beneficiadas. No entanto, os números já superam essas expectativas, com uma estimativa atual de atingir até 2,5 milhões de brasileiros com dívidas de até R$ 100.
Além de atender consumidores com dívidas de até 100 reais, o Desenrola Brasil prevê a renegociação de dívidas bancárias sem limite de valor para pessoas com renda mensal entre dois salários-mínimos (R$ 2.640) e R$ 20 mil, possibilitando o parcelamento mínimo em 12 vezes.
O que esperar para o futuro?
Segundo informações da própria Febraban, uma nova fase do Desenrola Brasil deve começar em setembro de 2023. Essa próxima etapa contemplará indivíduos com renda de até dois salários-mínimos ou aqueles inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), permitindo renegociar dívidas de até R$ 5 mil, financeiras e não financeiras.
Com essas novas mudanças, a expectativa é de que cerca de 40 milhões de pessoas sejam beneficiadas e haja uma renegociação total de mais de R$ 50 bilhões em dívidas.