Na quarta-feira, 29, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), confirmou para o ministro das Relações Institucionais do governo Lula (PT), Alexandre Padilha (PT) que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto vai comparecer a uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a fim de esclarecer o motivo da alta taxa de juros brasileira, atualmente a maior do mundo em 13,75% ao ano.
Segundo Padilha, Pacheco também comunicou que o senado está articulando um seminário como o intuito de ampliar e democratizar o debate sobre o tema.
Contudo, a realização do seminário acontecerá apenas após do feriado da Páscoa.
De acordo com Padilha, o seminário, vai contar com a participação de “empresários, governo (ministra Tebet, ministro Fernando Haddad) do presidente do BC e de especialistas”.
“Tem um sentimento de lideranças políticas, de empresários, de economistas, de que o Brasil vive uma taxa de juros que é desproporcional quando a gente compara com outros países”, afirmou.
Campos Neto, presidente do BC vai ao Senado presta conta de juros
Além disso, Padilha também revelou que a ideia do governo é pressionar o Congresso Nacional para exercer maior fiscalização sobre os critérios de autonomia do Banco Central e dos seus objetivos definidos por lei, que são:
Fomento ao pleno emprego
suavizar as flutuações de atividade econômica
garantia da estabilidade econômica
efetividade do sistema financeiro.
“O Congresso tem o papel ativo no acompanhamento da lei que o próprio Congresso aprovou e que garante a autonomia do BC. Que o Congresso tenha uma postura cada vez mais ativa de acompanhar se esses objetivos estão sendo cumpridos ou não. Acho que esse vai ser o centro do debate, na minha opinião. Estamos orientando os líderes de governo, discutindo também com os líderes de oposição que o centro do debate do seminário no plenário do Senado seja exatamente esse: estão sendo cumpridos ou não esses objetivos que estão na lei que garante a autonomia do Banco Central?”.
Não é segredo que o presidente Lula vem atacando diretamente a taxa de juros imposta pelo presidente do Banco Central, Campos Neto.
A saber, Campos Neto é um dos aliados de Bolsonaro colocados pelo ex presidente em cargos fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
Portanto, Lula, com toda razão, não confia nem na boa vontade do presidente do BC, muito menos na sua capacidade a frente do cargo.
Dessa forma, ao se juntar a inexplicável taxa de juros mais alta do mundo e o alinhamento de Neto com Bolsonaro, Lula tem toda a razão de não gostar e de não confiar no presidente do BC.
Para mais notícias sobre economia do país, clique aqui.