O presidente do Banco Central (Bacen), Roberto Campos Neto, se reunião com investidores na última quarta-feira, 19, na cidade de Londres, na Inglaterra e não fez previsões otimistas sobre o controle da inflação e consequentemente sobre a redução da taxa de juros do Brasil.
De acordo com a expectativa de Campos Neto, a inflação vai aumentar durante o segundo semestre, o que indica que o Bacen deve manter a taxa de juros do país em 13,75%.
A saber, essa taxa de juros imposto pelo Banco Central ao Brasil, nos coloca como o país com as taxas mais altas do mundo.
É absolutamente surreal e irresponsável essa atitude do Bacen de manter os juros tão elevados.
Principalmente após as ações que o governo adotou no campo da responsabilidade fiscal, que inclusive, foram muitas bem recebidas pelo próprio mercado.
Como por exemplo, a proposta do arcabouço fiscal que o governo entregou ao Congresso Nacional na última 3°feira, 18.
Para Campos Neto, apesar das medidas do governo, elas são insuficientes para conter a inflação.
Ora, o Brasil não possui uma economia tão frágil e sem perspectivas de crescimento de arrecada fiscal, muito pelo contrário.
É importante destacar que Neto assumiu a presidência do Bacen em 2021, por uma indicação do seu amigo pessoal, o ex presidente Bolsonaro. E ficará a frente da Instituição até 2024, quando Lula será a vez de Lula indicar o presidente.
Ou seja, Lula terá que aguentar dois anos de boicote do presidente bolsonarista do Bacen ao crescimento do país.
Banco Central prevê aumento da inflação no 2° semestre
A lógica da servidão ao mercado que Campos Neto segue pode até ser legal, mas é completamente imoral. Vejamos!
De acordo com a lógica do presidente do Bacen, que é mesma do mercado, a previsão da inflação para os anos de 2024 e 2025 aumentou em 1% desde dezembro de 2022, por conta da aprovação da PEC da Transição.
A PEC garantiu um orçamento mínimo par que o governo federal pudesse honrar com compromissos fundamentais do governo como o Bolsa Família, a Farmácia Popular entre outras medidas de amparo social.
Assim, o “mercado” entende que o governo vai deixar de pagar bilhões de reais em juros de dívida para ele, para investir no próprio país.
Entenderam a sacada?
Obviamente que o tal “mercado” vai espernear, e assim jogar com a especulação.
Especulação essa que prejudica o governo e consequente o país, contando com a conivência do Banco Central e do seu presidente Bolsonarista.
A expectativa do Banco Central para inflação do país em 2023 é de 3,5% e de 3% parar o ano de 2024.
Apesar do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de março ter sido de 4,65%, o mais baixo desde 2021 após o acumulado de 12 meses, a perspectiva é de que o indice para o mês de junho seja ainda menor, de 3,5%.
Contudo, para o mês de junho o Banco Central tem uma expectativa que o IPCA volte a ter um aumento.
Para se manter informado sobre o cenário econômico do país, clique aqui.