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Pazuello: comandante do exército sabia sobre ida em ‘motociata’ bolsonarista

Pazuello: comandante do exercito sabia
Pazuello: comandante do exercito sabia

Após determinação da justiça o sigilo de 100 anos imposto por Bolsonaro ao processo contra o ex ministro da saúde Eduardo Pazuello, caiu.

Dessa forma, o alto comando do exército, totalmente contrariado e ao mesmo tempo constrangido, foi obrigado a liberar o processo para conhecimento público no fim da tarde desta sexta-feira, 24.

E o seu resultado é uma verdadeira Vergonha para o Exército Brasileiro.

Eduardo Pazuello, participou de uma motociata político-partidária ao lado do ex-presidente “Imbrochável”, Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, em 2021.

À época, ainda durante a pandemia da Covid-19, Pazzuelo era ministro da Saúde de Bolsonaro e general, da ativa, do exército brasileiro. O que é proibido pelo normas do exército.

Em sua defesa, Pazuello disse que avisou ao então comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira, sobre sua participação no vento.

Pazzuelo, Bolsonaro e ‘motociata’ político-partidária

Em maio de 2021, ainda durante a pandemia da Covid-19, Bolsonaro participou de uma ‘motoacita’ no Rio de Janeiro, no Aterro do Flamengo.

Na ocasião, o Imbrochável aproveitou para criticar o isolamento social e passou o microfone para Pazzuello, corroborar com usas opiniões.

Para quem não se lembra, Pazuello, o “Obediente”, é aquele que disse que: “quando Bolsonaro manda, eu obedeço”.

Processo da “Justiça” Militar contra Pazuello

A repercussão sobre a participação de general da ativa do exército brasileiro em um ato político foi tamanha, que a Justiça Militar se viu obrigada a abrir um processo disciplinar contra o também 3º ministro da saúde do governo Bolsonaro em meio a maior crise de saúde pública da história do Brasil.

Tudo é muito bizarro: desde a ida de Pazuello ao evento; as explicações dadas por ele; a condução do processo pela “justiça” militar; a postura do então comandante do exército Paulo Sergio Nogueira, que não só literalmente lavou as mãos anti o ato de indisciplina de um militar da ativa, como legitimou tal ato.

Como ficou evidente após a queda do sigilo do processo.

As pérolas de Pazuello

De acordo com a defesa de Pazuello, ele acredita que o código de disciplina militar pode ser quebrado por uma simples questão de “camaradagem”.

Segundo Pazzuelo, ele participou do ato político com o Imbrochável pela ‘camaradagem’ entre eles.

Argumento prontamente aceito pela “justiça” militar, representada pela pessoa do comandante do exército Paulo Sergio Nogueira.

O “Obediente” ainda tentou, e conseguiu, minimizar o caráter político da ‘motociata’.

O sensacional argumentou utilizado por Pazuello foi que como Bolsonaro não fazia parte de nenhum partido à época, o ato não seria político-partidário.

Argumento prontamente aceito pelo comandante Paulo Sergio Nogueira.

 “Relembro-vos que o informei por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente. Os laços de respeito e camaradagem entre mim e o presidente da República, a meu ver, justificam o convite para o passeio”, afirmou Pazuello.

“Cabe ressaltar que não tinha conhecimento prévio que haveria carro de som para os agradecimentos do Presidente da República. Tampouco tinha a intenção de me pronunciar no evento. Acrescento que fui pego de surpresa quando o Presidente me chamou para ficar ao seu lado na lateral do caminhão. Fiquei mais surpreso, ainda, quando o Presidente passou as minhas mãos o microfone para que me dirigisse ao público”, completou

Portanto, após pressão de Bolsonaro e da ala alinhada ao governo no Exército, Paulo Sérgio Nogueira acatou a defesa de Pazuello e arquivou o processo.

Simplesmente incrível como o alto comando do exército “estuprou” as regras de disciplinar militar para proteger Pazuello.

Aquela imagem de disciplina e hierarquia que todos(a) tínhamos das Forças Armadas foi literalmente pra lata do lixo.

Um verdadeiro vexame para o exército brasileiro.

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