O empréstimo consignado do Auxílio Brasil, foi marcado como a primeira vez que alguém usou uma categoria para pedir dinheiro emprestado. Ele gerou muitas polêmicas desde que foi criado por ser oferecido a beneficiários de um programa de transferência de renda. Pela primeira vez, outras pessoas além de aposentados e servidores do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social – podiam solicitar o empréstimo.
Ademais, a modalidade de empréstimo fora sido liberada em agosto de 2022, após a assinatura do projeto de lei pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Muita gente está curiosa para saber o que vai acontecer com o empréstimo agora que Bolsonaro foi destituído.
Você pode descobrir mais sobre o que é o empréstimo consignado Auxílio Brasil lendo o artigo abaixo.
Empréstimo consignado é amplamente criticado pela equipe de Lula
Primeiramente, é importante entender o contexto em que o crédito consignado Auxílio Brasil foi concedido. Com isso, a modalidade foi bastante criticada ao ser oficialmente endossada pelo ex-presidente Bolsonaro. Primeiro, discutiu-se a cobrança de altas taxas de juros à população socialmente vulnerável do país. As taxas de juros de um empréstimo consignado para um funcionário federal, por exemplo, são de 1,72% ao mês. Já o beneficiário do Auxílio Brasil paga entre 2,9% e 3,5% ao mês.
Especialistas em finanças alertaram para o potencial de superendividamento da população mais pobre. Esta foi a segunda questão a ser criticada. Por fim, críticos de Bolsonaro alegaram que o político utilizou a Caixa Econômica Federal para se beneficiar nas eleições. A estatal foi uma das principais instituições a oferecer o serviço, com juros de 3,45% ao mês.
Outrossim, após as eleições, a Caixa deixou de oferecer o crédito consignado Auxílio Brasil. Os beneficiários informaram que não tiveram resposta do banco sobre o motivo da negativa do crédito. Além disso, a equipe de transição possuía um documento de funcionários do estado que afirmava que ordens foram emitidas para limitar os créditos logo após a eleição.
Contudo, o TCU (Tribunal de Contas da União) informou que Bolsonaro pode ter usado o empréstimo consignado do Auxílio Brasil para financiar sua campanha. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se pronunciou sobre a polêmica. Os mais altos funcionários do novo governo o apoiaram.
Empréstimo consignado é repudiado pelo atual ministro da Fazenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. A política é prejudicial à população vulnerável, segundo o economista. Mesmo que o método seja proibido, é pouco provável que o novo governo perdoe as dívidas dos beneficiários do programa de transferência de renda.
Ao que tudo indica, a legislação proposta causaria déficit para a Caixa. Ainda não há consenso sobre o assunto. Para o presidente do Banco Pan, o governo Lula pode alterar as regras do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. O serviço deve ser preservado, pois facilita a economia.