A Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal, conhecida como Unafisco Nacional, estima que a nova tabela de Imposto de Renda com isenção para quem ganha até dois salários mínimos terá um custo de R$ 130,7 bilhões para os cofres públicos em um período de 12 meses.
Com o anúncio do presidente Lula, o número de brasileiros isentos de impostos aumentará em 13,154 milhões de pessoas, passando de 8,870 milhões para 22,024 milhões.
Consequências da nova tabela do imposto de renda 2023
A entidade ressalta que a correção de 38,66% anunciada por Lula afetará as diferentes alíquotas e faixas de renda.
A previsão é que a alíquota de 7,5% comece a ser cobrada para trabalhadores que ganham acima de R$ 2.640,01 por mês, enquanto a próxima faixa com alíquota de 15% iniciará em R$ 3.919,36. A terceira alíquota, de 22,50%, começará para aqueles que ganham a partir de R$ 5.210,10, e a última faixa, de 27,50%, será cobrada daqueles com renda mensal a partir de R$ 6.467,90.
Apesar da correção de 38,66%, a Unafisco Nacional enfatiza que a tabela do Imposto de Renda deveria ter uma correção integral muito maior, de 148,10%.
Quais são os novos contribuintes do Imposto de Renda em 2023?
Ao se tratar de valores atualizados, a primeira faixa do imposto em 2023 abrangem os trabalhadores que recebem entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65. Dessa maneira, essas pessoas vão contribuir com uma alíquota mínima de 7,5% sobre a renda.
Sobretudo, esse reajuste ocorreu devido a tabela do Imposto de Renda estar defasada. Dessa forma, a isenção desacelera o ritmo da inflação, uma vez que o novo recorde foi de 148,1% em 2022. Sendo este o maior patamar da história, desde 1996.
Anteriormente, quando foi estabelecida a faixa de isenção em 2015 para salários de até R$ 1.903,98, o salário mínimo era de R$ 788. Logo, o piso nacional era equivalente a 41,4% da quantia mínima que era necessário para fazer a declaração. Atualmente, o percentual aumentou para 68,4%
Assim, se a isenção for ajustada conforme as perdas inflacionárias desse período, a faixa deveria ser elevada para R$ 4.638,95 a R$ 4.723,78. Sendo assim, ficaria 3,6 vezes maior que o salário mínimo atual. Portanto, 13 milhões de contribuintes estariam isentos do Imposto.