Os e as motoristas de aplicativo aproveitam o incentivo do presidente Lula (PT) a garantia dos direitos trabalhistas da classe, para dar visibilidade nacional a causa e assim, se articulam para organizar uma paralisação nacional.
Com o aumento do trabalho informal nos últimos anos, os motoristas de aplicativo se tornaram cada vez mais comuns nas grandes cidades.
Cresceram tanto ao ponto de hoje serem parte fundamental da estrutura de transporte da sociedade.
Empresas como a Uber, são vanguardista e vieram para quebrar um monopólio sobre esse tipo de serviço, que era prestado exclusivamente pelos taxistas.
Um breve relato pessoal, após a chegada de empresas com a Uber, In Drive, 99 Taxi, por exemplo, no período de um ano eu andei mais de Uber do que de taxa a minha vida inteira.
Todavia, para os motoristas de aplicativo, justamente por ser uma categoria nova, que surgiu recentemente a partir da chegada da tecnologia, não existe uma legislação trabalhista para a categoria.
Dessa forma, os motoristas de aplicativo não possuem nenhum tipo de cobertura previdência ou social. O que obviamente, é muito ruim
e importantes dentro dessa nova realidade do serviço transportes individuais.
Motoristas de aplicativo vão fazer paralisação
Cada vez mais indispensáveis na dinâmica de locomoção das cidades, os motoristas de aplicativo de empresas como Uber, 99 Taxi, Cabify, InDrive, Lady Driver e outras estão se unindo para reivindicarem seus direitos trabalhistas.
Assim, a categoria se articula para fazer uma paralisação nacional no dia 15 de maio.
Além do reconhecimento dos direitos trabalhistas, a categoria também cobra aumento no valor das corridas e medidas que garantam a segurança dos motoristas.
A saber, já fazem 7 anos que os motoristas de aplicativo estão entre nós e nunca tiveram um reajuste no valor das corridas.
Atualmente, o valor do km não passa de R$ 1,30. Valor que de acordo com a categoria é insuficiente.
Na terça-feira, dia 02, na cidade de Goiânia, já houve uma paralisação da categoria, dando uma mostra do que vem pela frente.
Em Curitiba, por exemplo, o encontro com profissionais da Uber e 99 está marcado para às 7 horas da manhã, no aeroporto Afonso Pena.
Como será a paralisação
A princípio, a paralisação será feita de forma silenciosa e sem ações públicas de muito alarde.
Portanto, os motoristas vão simplesmente cruzar os braços, ou melhor, desligar seus aplicativos a fim de mostrar as empresas que estão insatisfeitos com sua condição de trabalho.
Entre as solicitações da categoria estão:
– alteração do valor mínimo, de R$ 5,87, para R$ 10.
– alteração do quilômetro rodado, que está em R$ 1,19, para R$ 2.
– cobrança adicional no caso de o passageiro pedir uma parada durante a viagem.
Direitos dos trabalhadores
O presidente Lula já chama a atenção para situação dos motoristas de aplicativo desde o período da campanha eleitoral e como não poderia deixar de ser, o governo prepara uma proposta para regulamentar as relações de trabalho dos motoristas de aplicativo ainda no primeiro semestre de 2023.
Para mais notícias sobre direitos e movimentos dos trabalhadores, clique aqui.