O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse que o governo federal reforçou a segurança em todo o país, uma vez que extremistas de direita convocaram novas manifestações em todas as capitais às 18h00 de quarta-feira, que acabaram não tendo adesão suficiente.
O ministro da Casa Civil falou a repórteres em frente à sede do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele participou da marcha ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do Supremo Tribunal Federal, ministros do governo, governadores, representantes do legislativo e outras autoridades. O grupo realizou uma reunião no Palácio do Planalto em uma demonstração de solidariedade contra o ataque. Após os discursos, os presentes visitaram o prédio do tribunal a pé.
Rui Costa fala sobre “descontaminar” Forças Armadas e Polícias
O gabinete de crise formado pelo governo Lula, encarregado de monitorar e antecipar novos crimes antidemocráticos, decidiu nesta quarta-feira (11) reforçar a segurança em todo o país diante de novos apelos para uma possível ação bolsonarista em todo o país.
“Tem medidas para esta quarta de reforço da segurança em todo o país uma vez que circularam cards de novas manifestações. Então por precaução a segurança na Esplanada dos Ministérios, nas cidades e no país como um todo”, Rui Costa informou em entrevista à CNN.
O ministro havia afirmado nesta segunda-feira (9) que é preciso “descontaminar” instituições como as Forças Armadas e a Polícia. Rui Costa defende alteração da lei. Ele cita o exemplo dos policiais que concorrem às eleições.
“É o que eu chamei de descontaminar. As Forças Armadas, assim como o STF, o Ministério Público, são instituições do Estado brasileiro”, afirmou Rui Costa.
Novas manifestações tiveram pouca adesão
Na terça-feira (10), a AGU (Advogada Geral da União) apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) petição pedindo ao ministro Alexandre de Moraes uma decisão sobre as manifestações. A petição foi enviada ao tribunal às 22h26 para apurar os bloqueios montados por bolsonaristas radicais. A AGU retuitou o texto após monitorar 5 grupos no Telegram e identificou um chamado por “Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder”.
Já na noite de terça-feira (10), a PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) apreendeu um ônibus restrito por determinação do ministro Alexandre de Moraes. O veículo seria utilizado em manifestação de manifestantes radicais na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na quarta-feira (11).
Ataques extremistas em Brasília no domingo (8)
No domingo (8), por volta das 15h, criminosos extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional após romper a barreira de proteção montada pelas forças de segurança do Distrito Federal e das forças estaduais. Lá, eles invadiram o Salão Verde da Câmara, área que dá acesso ao plenário da Câmara. O equipamento de votação para a sessão plenária foi vandalizado.
Os extremistas também usaram o bloco de “slides” do Senado. Os terroristas então foram ao Palácio do Planalto e destruíram vários cômodos onde ficava a administração. Por fim, realizaram a invasão do STF. Quebraram as vidraças da fachada e chegaram ao plenário do tribunal, onde arrancaram do chão as cadeiras e o brasão da República.
Os radicais também pintaram pichações na estátua da “Justiça” e na porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Os extremistas criminosos, em sua maioria, vestiam camisetas da seleção brasileira de futebol nas mesmas cores da bandeira brasileira, às vezes com a bandeira nas costas. Eles se autodenominam patriotas e defendem uma intervenção militar (ou um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).