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Militares Revelam Visita de Hacker da Vaza Jato ao Ministério da Defesa para Discussão sobre Urnas Eletrônicas

Desvendando o Papel de Delgatti nas Eleições de 2022
Desvendando o Papel de Delgatti nas Eleições de 2022

Novas informações agitam o cenário político brasileiro. Militares envolvidos na fiscalização das eleições de 2022 confirmam: Walter Delgatti, famoso por sua atuação na Vaza Jato, esteve no Ministério da Defesa para discutir a segurança das urnas eletrônicas. A informação contradiz declarações do próprio hacker à CPI do 8 de janeiro de 2023.

De acordo com dois membros das Forças Armadas, Delgatti visitou a sede do Ministério uma única vez e não teve influência no relatório final da fiscalização. No entanto, na CPI, o hacker afirmou ter participado de cinco reuniões na pasta sob o governo do então presidente Jair Bolsonaro. É importante lembrar que Bolsonaro foi recentemente condenado pelo TSE por mentiras e ataques ao sistema eleitoral, ficando inelegível pelos próximos oito anos.

Qual o papel de Delgatti no processo eleitoral?

As diferenças entre os depoimentos de Delgatti e dos militares geram mais dúvidas sobre a atuação do hacker no processo eleitoral. Integrantes do Ministério da Defesa reforçam que Delgatti visitou a pasta em 10 de agosto de 2022, junto do assessor especial da Presidência, Marcelo Câmara, que é coronel da reserva. Essa visita teria sido intermediada pelo então presidente Bolsonaro.

Entretanto, militares que participaram da fiscalização contestam as declarações de Delgatti de que ele teria influenciado a produção do relatório final. Eles afirmam que os primeiros questionamentos ao TSE foram feitos em dezembro de 2021, e propostas de melhoria do processo eleitoral só foram apresentadas em março do seguinte ano. A principal tese apresentada em julho de 2022 – a possibilidade de um código malicioso inverter votos – surgiu antes da conversa com Delgatti.

Como essa situação afeta a confiabilidade das urnas eletrônicas?

A visita de Delgatti ao Ministério da Defesa e as subsequentes polêmicas envolvendo seu papel no processo eleitoral alimentam o debate sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. No entanto, especialistas em engenharia da computação consultados alegam que mesmo se o suposto plano relatado por Delgatti à CPI fosse colocado em prática, ele não seria capaz de comprovar a fragilidade das urnas e do processo eleitoral.

O relatório final da fiscalização feita pelos militares não apontou fraude na eleição, apesar de apontar três partes do processo eleitoral que deveriam ser melhoradas. Foi concluído que não houve nenhuma divergência, reafirmando a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Peças-chave no quebra-cabeça das eleições de 2022 continuam a emergir, e a visita de Delgatti ao Ministério da Defesa está se tornando mais um elemento que desafia as narrativas estabelecidas. Num cenário político já tumultuado, os próximos desdobramentos dessas novas informações prometem manter a atenção da população e dos órgãos de fiscalização.