Após o presidente Adalberto Pereira do Santos renunciar ao conselho da Marisa e aprovar uma reestruturação, as ações da empresa sofreram uma queda na Bolsa de Valores de São Paulo. Como resultado, a Marisa precisará negociar dívidas no valor de R$ 600 milhões com os bancos. Às 14h50, as ações AMAR3 registraram uma queda de 4,42%, ou R$ 1,08, mas é importante ressaltar que esse ativo não faz parte do índice Ibovespa.
Não é só a Marisa que está passando por esse problema, já que outras varejistas, como a Americanas, também viram suas ações despencarem devido a resultados financeiros ruins.
Entenda o porque da queda nas ações
Desde fevereiro de 2020, as ações da Marisa perderam 92% de seu valor de pico, e nos últimos meses, esse número aumentou para uma queda de 59%. Devido às oscilações significativas no setor do varejo desde 2022, as corretoras Itaú BBA e BTG recomendam evitar investir nesse mercado no momento.
No segundo trimestre de 2022, a Marisa apresentou uma dívida de R$ 603,4 milhões e registrou um prejuízo de R$ 27,8 milhões devido ao aumento de despesas. Na divulgação mais recente, a dívida diminuiu para R$ 566,1 milhões, equivalente a 7,9% a mais do que o mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu a situação aos juros e despesas já existentes.
Lojas Marisa pode ter o mesmo fim da Americanas?
A Marisa registra uma receita mensal de entre R$ 200 a R$ 250 milhões, e sua dívida com os bancos é de R$ 600 milhões. Em comparação com a Americanas, a situação financeira da Marisa é menos grave, o que evita o fechamento da empresa.
No entanto, de acordo com Wilson Victoria Rodrigues, diretor da Faculdade do Comércio de São Paulo, outras varejistas podem enfrentar desafios devido ao atual cenário econômico em que os consumidores estão comprando menos.
O que houve com o CEO das Lojas Marisa?
Como mencionado anteriormente, o CEO da Marisa, Adalberto Pereira Santos, renunciou, mas ele não foi o único. Marcelo Adriano Casarin, também membro do conselho de administração, também renunciou. Com isso, o vice-presidente comercial, Alberto Kohn, assume a empresa temporariamente.