O presidente Lula (PT) publicou no Diário Oficial da União, na terça-feira, 11, a exoneração de mais um militar golpista investigado por envolvimento no golpe de estado Tabajara promovido por um bando de bolsonaristas criminosos e baderneiros no dia 08 de janeiro.
O exonerado da vez foi o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes.
A saber, Dutra era “somente” o responsável pela segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
Alguns dos militares envolvidos no ato golpista prestaram depoimento a Policia Federal (PF) na quarta-feira, 12.
Lula exonerou general “costa larga” da base bolsonarista
Lula não quis nem saber se o general Dutra assumiu à pouco um novo cargo, exonerou mesmo o militar. Dutra assumiu, no dia 23 de março, a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército.
Todavia, foi apenas uma coincidência a proximidade de datas entre o depoimento dos representas da ditadura à PF e a exoneração de Dutra.
O exército havia dito que haveria uma mudança no cargo do general ainda em fevereiro.
De acordo nota do Exército:
“que não há qualquer relação entre as exonerações e nomeações publicadas no Diário Oficial da União em 10 de abril e os esclarecimentos que serão prestados por militares no interesse do inquérito 4923 da Polícia Federal”.
Como foi a decisão da troca de comando
A princípio, a decisão de colocar outra pessoa no lugar do general Dutra se materializou graças a falta de confiança de Lula nos militares próximos a Bolsonaro (PL) que trabalham na segurança do presidente e dos prédios dos 3 Poderes.
Obviamente que tudo se deu por conta dos atos de 8 de janeiro.
Dutra teria sido quem impediu a Polícia Militar do Distrito Federal, de desmontar o acampamento golpista que estava montado dentro do Quartel-General do Exército.
O general Dutra teria resistido a entrar e prender os bolsonaristas.
O motivo da negativa de Dutra em prender os bolsonaristas golpista que estavam no QG criminoso, seria porque familiares de militares estariam no acampamento.
No entanto, a desculpa dos militares foi que havia possibilidade de conflito violento com os acampados caso desfizessem o local sem planejamento.
Tiveram quase dois meses para planejar.
À época, Lula pressionou para que a polícia prendesse quem estava no acampamento, ou pelo menos que o QG fosse cercado para serem presos no dia seguinte.
O então chefe do Exército, Julio César de Arruda, chefe do exército na Época do fato, foi o primeiro a ser exonerado.
Foi o primeiro chefe do exército brasileiro em toda a história a ser exonerado.
Depoimento de 80 militares na PF
A Policia Federal começou a ouvir na quarta-feira, 12, cerca de 80 militares sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
A ideia é identificar quais militares participaram ou foram coniventes com os criminosos golpistas que depredaram os prédios dos 3 poderes.
O processo segue em sigilo no STF e foi instaurada após pedido da Polícia Federal para investigar a “autoria” e a “materialidade” de “eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas e Polícias Militares”.
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