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Lideranças Brasileiras: De Que Lado Estão na Batalha Contra o Crime?

O Grande Dilema das Lideranças Brasileiras
O Grande Dilema das Lideranças Brasileiras

As lideranças brasileiras enfrentam uma encruzilhada. No contexto da segurança pública, possuem duas opções aparentemente clara. Podem se posicionar favoravelmente de acordo com os interesses da sociedade e contra o crime, ou se posicionam a favor dos criminosos e, consequentemente, contra a sociedade. Essas opções estabelecem uma divisão clara, sem espaço para ambivalência.

O primeiro posicionamento envolve apoio total à polícia, ao passo que o segundo se opõe a ela. Cada uma dessas opções é notada e aplaudida por diferentes setores da sociedade. No primeiro caso, o apoio vem da população em geral, oprimida pelo aumento constante da selvageria dos criminosos. No segundo caso, o aplauso vem, paradoxalmente, dos que deveriam fazer a lei ser cumprida: o governo, as classes intelectuais e a maior parte da mídia.

O papel da justiça na ótica dos governantes

Muitas vezes, as hesitações podem advir da boa índole das pessoas, das boas intenções gerais, ou até da convicção de que mesmo os criminosos têm direito à justiça. No entanto, gran parte dessas incertezas pode também vir da desonestidade, da hipocrisia e da ignorância de quem atribui a culpa unicamente à polícia. Não é possível querer segurança pública e, ao mesmo tempo, criticar as ações da força policial.

O caso do soldado Patrick Bastos Reis

Um caso que exemplifica bem esta situação é o recente assassinato no Guarujá, São Paulo, do soldado Patrick Bastos Reis. O policial foi morto dentro do carro da Polícia Militar, vítima de um tiro disparado a uma distância de 50 metros. Trata-se de um assassinato a sangue frio, sem confronto direto. Não foi uma “execução”, como algumas vezes é alegado por determinados setores quando um criminoso é morto em confronto com a polícia.

Entre a revindicação por justiça e a promoção da impunidade

O assassino se entregou, tem advogado e está à disposição da Justiça. No entanto, a questão que surge é: qual o próximo passo? Acabamos desenvolvendo um retrato perfeito do Brasil de hoje, onde muitos querem fechar clubes de tiro e atribuir o direito de possuir armas somente à bandidagem. Além disso, essas mesmas pessoas advogam por penas extensas para quem “atentar” contra figuras proeminentes, enquanto defendem o “desencarceramento” para quem cometeu crimes.

Neste cenário, é essencial que os governantes e as forças de segurança pública estejam unidos e comprometidos com a promoção da segurança e a redução da criminalidade. Para isso, é necessário que a sociedade como um todo reconheça e valorize a importância de seu trabalho, oferecendo o apoio necessário para que o cumprimento da lei seja uma realidade em todo o país.