Na última sexta-feira, 15 de outubro de 2023, um episódio importante ocorreu no programa “Oeste Sem Filtro”, transmitido pela internet. O jornalista Alexandre Garcia leu ao vivo um texto de direito de resposta pedido pela Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), vinculada à Advocacia-Geral da União (AGU). Essa ação veio depois do jornalista compartilhar informações erradas ligando o “governo petista” às recentes inundações no Rio Grande do Sul (RS).
De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME), as três usinas hidrelétricas em operação no Rio Grande do Sul, mencionadas por Garcia, não tiveram qualquer influência no aumento da tragédia natural. Este esclarecimento é contrário às alegações do comentarista de que as usinas poderiam estar retendo água para geração de energia.
O que diz o documento lido por Garcia?
O texto enviado pela AGU à Garcia, que foi lido ao vivo por ele, esclarece que a tragédia causada pelas enchentes na região serrana e no vale do Rio Taquari não tem relação com a operação das três usinas hidrelétricas no estado. O documento também afirma que essas usinas são do tipo vertedouro de soleira livre, o que significa que elas não possuem comportas de armazenamento ou retenção de água para geração de energia. Portanto, eles não podem controlar o fluxo de água nos rios.
A AGU lamentou a maneira como a recente tragédia foi usada politicamente e reiterou que o Ministério de Minas e Energia está comprometido em apoiar a população gaúcha neste momento difícil.
Qual a posição de Alexandre Garcia após a resposta da AGU?
Antes de ler o pedido de resposta enviado pela AGU, Alexandre Garcia afirmou que estava fazendo isso por ser um direito constitucional “sagrado”. Ele, entretanto, ressaltou que a liberdade de expressão e a liberdade de pensamento antecedem o direito de resposta na Constituição Federal. “O direito de resposta é tão importante quanto a liberdade de expressão e opinião também garantidas pela Constituição”, concluiu Garcia.
Quais foram as reações ao episódio?
A leitura do texto de direito de resposta pelo jornalista gerou diversas opiniões e debates. Alguns apoiadores de Garcia criticaram a Procuradoria e o AGU enquanto outros elogiaram a atitude de Garcia em respeitar o direito de resposta. Apesar das divergências, o esclarecimento traz uma oportunidade para reflexão sobre a necessidade de verificar as informações antes de compartilhá-las, especialmente em momentos delicados como os vividos pelos gaúchos em face das recentes inundações.