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JAPÃO Não Gostou Da Posição De LULA Sobre A Guerra Da UCRÂNIA

japão se preocupa com a posição de lula
japão se preocupa com a posição de lula

A posição de neutralidade do presidente Lula em relação à guerra na Ucrânia e o anúncio de sua viagem à China estão gerando preocupação entre representantes do governo japonês em Brasília.

Neutralidade de Lula em relação a guerra

Recentemente, Lula declarou que “quando um não quer, dois não brigam” em relação à guerra na Ucrânia. De fato, o Brasil negou o envio de munições para ajudar os ucranianos, buscando manter uma postura neutra.

O embaixador do Japão, Hayashi Teiji, relatou a parlamentares que vê uma aproximação do presidente com a Rússia e a China, o que preocupa o Japão. Especialmente com relação à possível invasão chinesa de Taiwan. Assim, vista como uma possível consequência do domínio da Rússia na guerra ucraniana e que enfraqueceria a posição japonesa na Ásia.

A embaixada japonesa no Brasil está procurando parceiros do governo para discutir o assunto e pressionando o país a se alinhar à posição dos Estados Unidos, Europa e Japão.

Qual a relação exterior do Brasil com a China?

Lula fez três visitas à China em 2004, 2008 e 2009. Enquanto outros seis presidentes brasileiros também visitaram o país desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1974. O encontro entre o chanceler brasileiro e seu homólogo chinês, que ocorrerá em Nova Délhi no fim deste mês, será decisivo para os preparativos da próxima viagem do presidente brasileiro a Pequim, em março.

A visita terá foco na discussão política, com destaque para a reforma dos fóruns multilaterais e a guerra na Ucrânia. Lula espera contar com a China para sensibilizar a Rússia e chegar a um acordo de paz.

Bolsonaro, por outro lado, criou atritos com a China por meio de declarações de seus filhos e ministros, além de sua própria diplomacia presidencial. No entanto, a equipe de Lula sugere que a cooperação entre Brasil e China deve ser retomada com base em interesses concretos. Sobretudo, em ciência, tecnologia e inovação, e na produção de imunizantes, medicamentos e insumos farmacêuticos em geral.

A viagem de Lula à China deve ter um forte viés comercial, abrindo mercados no agronegócio e destravando discussões que dependem da interação entre governos.

Recentemente, três frigoríficos brasileiros foram reabilitados para exportação para a China. A expectativa é que a cooperação entre Brasil e China seja retomada e que a visita de Lula ajude a reforçar as relações bilaterais entre os dois países.