O escândalo envolvendo estudantes de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) ocorrido em abril de 2023 finalmente chegou ao conhecimento geral no último domingo, dia 17. A reação do público foi imediata, repudiando as ações dos alunos que, durante um campeonato de vôlei feminino, abaixaram as calças e simularam masturbação. O caso é um exemplo flagrante de desrespeito e misoginia, que não passará impune.
Assim que tomou conhecimento do ocorrido, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos iniciaram investigações para apurar a situação, segundo fontes divulgadas. A SSP, porém, não mencionou quais crimes exatamente estão sendo investigados em relação aos alunos.
O que dizem as autoridades educacionais sobre o incidente?
O Ministério da Educação (MEC) também demonstrou interesse imediato no caso, notificando a Unisa sobre o ocorrido e concedendo um prazo de 15 dias para que a universidade informe quais medidas estão sendo tomadas. Segundo a nota divulgada pelo MEC, caso as ações da Unisa se mostrem insatisfatórias, a pasta pode iniciar um procedimento de supervisão e aplicar medidas disciplinares.
O que foi apurado sobre o incidente?
O incidente ocorreu durante a partida de vôlei feminino entre a Unisa e o Centro Universitário São Camilo. Os alunos envolvidos no ato fazem parte da equipe de futsal da Unisa e estavam na plateia do jogo, onde cometeram os atos obscenos. A reportagem do g1 apurou que esses alunos comemoraram a vitória de sua universidade correndo nus pela quadra.
Qual foi a resposta das universidades envolvidas?
O Centro Universitário São Camilo confirmou que o incidente ocorreu durante o campeonato e emitiu um comunicado informando que nenhum de seus alunos relatou importunação sexual na época, e garantiu não compactuar com atos que atentem aos bons costumes. Já a Unisa não se pronunciou sobre o caso até o momento.
Manifestando total repúdio a esses atos, Manuella Mirella, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que a UNE está cobrando um posicionamento da Unisa e lançou uma cartilha explicando como combater essa violência que existe de maneira quase livre nos âmbitos acadêmicos. O Ministério das Mulheres também expressou seu compromisso de combater essas práticas, trabalhando para tornar as universidades espaços livres de violência.