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Haddad: governo e Petrobras estão alinhados para reduzir impacto dos impostos

Haddad: governo e Petrobras estao alinhados
Haddad: governo e Petrobras estao alinhados

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou na 4°feira, dia 17, que vai dar continuidade na política de parceria com a Petrobras para redução nos preços dos combustíveis a medida que o governo retoma a cobrança de algum imposto.

E de acordo com fontes próximas ao ministro, a próximo passo dessa parceria entre governo, representado por Haddad e Petrobras, seria no mês de julho.

Segundo Haddad, o reajuste de PIS e Cofins dos combustíveis, previsto para julho, terá compensação através da queda de preço nas refinarias da Petrobras

A primeira iniciativa nesse sentido foi no mês de março, quando o governo voltou a cobrar apenas uma parte do PIS e Confins. Em contrapartida, a Petrobras anunciou uma redução no preço repassado para as distribuidoras.

Segundo Haddad, a Petrobras poderia ter feito toda a redução já nesta semana, mas escolheu fazer uma corte mais gradual.

Essa seria uma forma da Petrobras manter uma “gordura” que será usada futuramente em caso aumentos significativos do preço internacional.

“O aumento [da tributação] previsto para 1.º de julho vai ser absorvido por uma queda no preço, que foi deixada para esse dia”, disse.

Em seguida, Haddad usou a palavra “nós” para se referir a decisão da Petrobras:

“Nós não baixamos tudo que podíamos [no preço], justamente esperando o 1.º de julho, quando acaba o imposto de exportação e o ciclo de reoneração, assim como vai acontecer com o diesel no final do ano, e já deixou uma gordura para acomodar a reoneração”.

Haddad, Petrobras e o governo Lula

A declaração de Haddad demonstra o alinhamento da Petrobras aos interesses do país, como o presidente Lula disse que faria quando fosse eleito.

Além disso, a declaração ainda foi feita um dia após o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciar o fim da paridade de preços internacional.

Essa foi uma das formas que a Petrobras encontrou de “abrasileirar” os preços dos combustíveis, para usa uma expressão de Lula.

Inicialmente chegou-se a especular que essa nova política de preços da Petrobras causaria uma insegurança no mercado.

Contudo, o fim da paridade de preços de importação dos combustiveis, teve uma boa aceitação pelo mercado, tanto que os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) começaram em alta no dia seguinte ao anúncio.

Uma hora após a Bolsa abrir as negociações, PETR3 (ordinárias) tinha alta de 2,17%, cotada a R$ 29,18, enquanto PETR4 (preferenciais) subia 2,65%, no valor de R$ 26,34.

O discurso entreguista do PIG (Partido da Imprensa Golpista)

Existe uma distorção na narrativa reproduzida pelo PIG, de que todas as medidas que a Petrobras toma, ela deve considerar, em primeiro lugar, os interesses do mercado e dos acionistas.

Isso porque, apesar de Petrobras ser uma estatal, ela é uma empresa de capital aberto, com sócios privados, em listas nas bolsas de valores e fiscalizada por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Todavia, existem problemas sérios nessa argumentação.

Visto que, apesar da Petrobras ser uma empresa de capital mista, ela é uma estatal, criada para garantir a sustentabilidade e soberania energética do Brasil.

E não para enriquecer acionistas estrangeiros.

Contudo, se formos levar em consideração a narrativa de atender os interesses dos acionistas, o maior acionista da Petrobras é o governo brasileiro.

Ou seja, o povo.

Dessa forma, nada mais justo do que “abrasileirar” o preço dos combustíveis.

A falácia da manipulação dos preços

Uma das linhas da narrativa que distorce a discussão sobre os preços da empresa, é a proibição pelo estatuto da Petrobras e pela Lei das Estatais de estratégias de manipulação do preço.

Pois bem, se encontrar políticas adequadas a realidade do país é manipulação de preços, não sei mais qual o papel do gestor de uma empresa.

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