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Haddad Cobra Ajuda Do BANCO CENTRAL Entenda

haddad diz que bc deve ser parceiro
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Na terça-feira, 28, o político Fernando Haddad, ministro da Fazenda, expressou sua opinião de que o Banco Central (BC) deve auxiliar o governo na busca pelo crescimento econômico do país.

“O Banco Central também tem de nos ajudar”, afirmou Haddad. “É um organismo que tem dois braços, um ajudando ao outro. Sempre insisto nessa tese, pois dá a impressão de que um é espectador do outro. E não é assim que a política econômica tem de funcionar. São dois lados ativos, concorrendo para o mesmo propósito, que é garantir crescimento com baixa inflação.”

Após o Banco Central (BC) anunciar, na manhã do mesmo dia, que a inflação no Brasil foi provocada por uma maior injeção de dinheiro na economia e que sua contenção requer paciência e serenidade, o ministro da Fazenda Fernando Haddad comentou que o crescimento econômico só é possível com a harmonização da política fiscal, sob responsabilidade da Fazenda, com a política monetária, sob responsabilidade do BC.

Haddad fez essa declaração em resposta ao Comitê de Política Monetária (Copom), que explicou que houve um aumento nos gastos públicos para financiar programas de transferência de renda e para recompor o orçamento de setores como saúde e educação.

A gestão do presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sido alvo de críticas de apoiadores do governo Lula, em especial os petistas, que questionam a independência da instituição financeira e a taxa de juros praticada.

Corte nos gastos

De acordo com a ministra do Planejamento, o governo pretende cortar despesas para acelerar a redução dos juros. Na última semana, o Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75% ao ano, o que marca a quinta vez consecutiva que a taxa permanece no mesmo nível.

No entanto, a Selic está no maior patamar em mais de seis anos, após ter subido 12 vezes consecutivas antes de se estabilizar. A Selic é um importante instrumento utilizado pelo BC para controlar a inflação. Quando a Selic está alta, os juros no país também ficam altos, o que encarece o crédito e prejudica o poder de compra do consumidor, além de desaquecer a economia.

A ministra Tebet explicou que os ministérios terão que revisar todos os programas e ações do ano anterior, incluindo contratos e restos a pagar, para verificar não apenas sua legalidade, mas também a necessidade dos gastos.

O presidente Lula tem criticado os juros altos no país, mas o BC afirma que não pode reduzi-los enquanto a inflação se mantiver em patamares elevados. Além disso, o retorno da cobrança de impostos sobre a gasolina, que tem o objetivo de reduzir o déficit das contas públicas, está impulsionando a inflação e dificultando a redução dos juros.