Está marcado para esta segunda-feira, 20, uma reunião entre o ministro da Casa Civil, Rui Costa e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Previdência Social, Carlos Lupi, a fim de acertarem como ficará os juros para o empréstimo consignado para os aposentados do INSS.
A saber, no dia 15/03, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) anunciou a redução da taxa de juros do consignado de 2,4% para 1,7%.
Isso levou a suspensão dos consignados pelos bancos logo no dia seguinte.
Reunião entre ministros do governo decide hoje juros do empréstimo consignado
Portanto, entre as pautas da reunião dessa segunda devem estar o retorno da taxa de juros do empréstimo consignado para 2,14% ao mês. Pelo menos até que sejam concluídos os estudos técnicos que vão apontar qual a menor taxa de juros possível.
Também é possível que seja proposto a criação de grupo de trabalho para debater a questão e ajudar a encontrar as melhores soluções.
No entanto, toda essa confusão entorno do empréstimo consignado vem após o ministro Carlos Lupi ter anunciado a redução dos juros do consignado sem nem mesmo informar ao governo ou Casa Civil.
Ou seja, a redução dos juros do empréstimo consignado proposta por Lupi, sem consultar Lula, não passou por uma avaliação de viabilidade técnica e financeira.
O que levou a um “puxão de orelho” no ministro Lupi pelo presidente Lula.
Bancos privados não suportam os juros do consignado a 1,7%
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos não têm condições de pagar os custos de captação de clientes com as taxas de 1,7% determinadas pelo órgão ligado ao Ministério da Previdência
Inicialmente apenas os bancos privados haviam anunciados a suspensão do consignado, contudo, logo em seguida, Banco do Brasil e Caixa Econômica também suspenderam as operações.
Dessa forma, tanto bancos públicos como privados estão com os empréstimos consignados para aposentados(a) suspensos ate a conclusão da análise dos impactos da decisão da CNPS sobre a redução dos juros.
Lula dá “puxão de orelha” em ministros
Terça-feira, 14, o presidente se mostrou irritado com anúncio de projetos feitos por alguns ministros sem antes consultarem a Casa Civil sobre a viabilidade.
De acordo com o presidente Lula, “todas as políticas públicas devem passar, necessariamente, por análise prévia do ministro Rui Costa”.
Lula se referia para Lupi, que anunciou o empréstimo consignado e, também, para o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que anunciou o programa “Voa, Brasil”, que garantiria a alguns grupos passagens aéreas a R$ 200.
“É importante que nenhum ministro e nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer com que a proposta seja do governo”, disse Lula
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