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FGTS: governo vai acabar com saque-aniversário?

FGTS: governo vai acabar com saque-aniversario?
FGTS: governo vai acabar com saque-aniversario?

Novamente questionado sobre possíveis mudanças nas regras de saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), mas especificamente sobre a modalidade do Saque-aniversário, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, enfrentou a questão de frente e mais uma vez, gerou polêmica.

De acordo com Marinho, essa modalidade de empréstimos que utiliza o FGTS como garantia desvirtua a finalidade do fundo, que é garantir a segurança financeira do trabalhador em caso de demissão sem justa causa.

Existem outras possibilidades de utilização do FGTS, como aquisição da casa própria, doenças graves, entre outras

Além disso, o dinheiro do FGTS é utilizado pelo governo para investimentos na construção civil, inclusive de casas populares.

Dessa forma, os saques tem prejudicado essas modalidades de investimento.

O que é o saque-aniversário do FGTS?

Essa modalidade entrou em vigor em 2019. Ela permite que os aniversariantes de cada mês do ano retirem até 50% do saldo depositado nas contas ativas e inativas do fundo. 

Ou seja, o valor vai variar de acordo com quantia disponível na conta ativa do FGTS.

Contudo, é importante salientar que o trabalhador(a) que aderir a modalidade de saque aniversário, não tem direito a sacar o valor total da sua conta do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Já que uma parte do valor foi foi gasto justamente no saque-aniversário.

Caso o trabalhador(a) esteja na modalidade de saque aniversário do FGTS, e deseje retornar à modalidade de rescisão trabalhista, precisará espera um prazo mínimo de 2 anos.

Portanto, a pessoa deve analisar de acordo com suas condições atuais se é vantagem aderir ao saque aniversário.

Modalidade prejudica o FGTS?

Segundo Marinho, cerca de 20% dos depósitos feitos nas contas do FGTS são a garantia dos empréstimos.

Empréstimos esses que são feitos através do Saque-aniversário do FGTS

Dessa forma, o que acontece é que parte do FGTS está servindo para pagamento de empréstimos, o que compromete o Fundo de Garantia do trabalhador.

Todavia, ainda não houve uma decisão do governo sobre o fim do Saque-aniversário.

Ação no STF

A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) está em julgamento no STF, que alega inconstitucionalidade no atual método de correção dos valores disponíveis no FGTS.

Atualmente a correção é feita através da Taxa Referencial, criada ainda nos anos 90 e ainda utilizada em algumas aplicações financeiras no Brasil.

Quem apresentou a ADI sobre a mudança nos juros sobre o FGTS foi o par partido Solidariedade, ainda em 2014.

De acordo com o Solidariedade, a TR não pode ser “utilizada para fins de atualização monetária por não refletir o processo inflacionário brasileiro”.

Por fim, o Solidariedade alega que a Taxa Referencial não conseguiu acompanhar os índices da inflação no Brasil e consequentemente provoca uma “defasagem que só se agrava com o decorrer do tempo”.

Essa defasagem se refere à desvalorização do dinheiro dos trabalhadores nas contas do FGTS, que só aumenta ao longo dos anos.

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