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Fernando Haddad se Encontra com Empresários da Lava Jato para Novos Projetos em Angola

Lava Jato discutem investimentos em Angola
Lava Jato discutem investimentos em Angola

Recentemente, alguns empresários de empreiteiras relacionadas à Operação Lava Jato tiveram um encontro com o ministro Fernando Haddad em Luanda, capital de Angola. Um fato que ocorreu no período posterior ao anúncio do retorno dos investimentos brasileiros no país africano nas áreas da saúde, comércio, agricultura, pecuária, turismo sustentável e transferência de tecnologia pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O encontro, ocorrido na capital angolana, contou com a participação de representantes de empresas como Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Novonor, companhias que estiveram na linha de frente das investigações da Lava Jato. Além desses, mais 15 empresários que lideram grupos voltados para negócios agropecuários e de engenharia também marcaram presença.

A Construção da nova agenda de cooperação com Angola

Durante tal encontro, Lula expressou sua intenção em construir uma nova agenda de cooperação com Angola, que pode servir também como exemplo para cooperações com outros países. O presidente se mostrou orgulhoso do passado brasileiro de financiamento em projetos de infraestrutura no país africano e declarou que o Brasil tem a intenção de voltar a ser um grande parceiro de Angola em seu desenvolvimento.

Adicionalmente, o presidente angolano João Lourenço mencionou a importância dos investimentos privados brasileiros na economia angolana, com o objetivo de transformar o potencial econômico de Angola em riqueza real, gerando empregos e prosperidade para seu povo.

Reuniões significativas: o que essa interação representa?

A partir da apuração do jornal O Estado de São Paulo, descobriu-se que os empresários presentes na reunião solicitaram ao governo brasileiro uma linha de crédito de US$ 100 milhões para projetos em Angola. Entretanto, o Ministério da Fazenda não confirmou este pedido até o encerramento da reportagem.

As empresas envolvidas, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez, foram contatadas, mas se recusaram a comentar sobre a reunião e o pedido de financiamento. A Novonor esclareceu que o pedido de US$ 100 milhões não veio da indústria da construção, mas sim da indústria do agronegócio.

A transparência e o controle na gestão de projetos

Fernando Haddad, em entrevista ao Estado de São Paulo, confirmou que instruiu os empresários a buscarem apoio junto ao Congresso para a liberação do dinheiro, porém, com o compromisso de adotarem mecanismos transparentes de controle para prevenir novos escândalos de suborno e pagamento de propina.

Ele argumentou que assim, o ambiente se torna menos favorável às ações corruptas e disse “A pior coisa que pode acontecer é isso cair no debate ideológico, quando é algo pragmático”.

Espera-se que essas reuniões representem uma nova era de cooperação entre Brasil e Angola, bem como a oportunidade de ampliar a transparência e a aplicação correta e benéfica dos recursos financeiros.