Se você é um dos milhares de trabalhadores brasileiros que aguardam ansiosamente pela aposentadoria, este artigo foi feito para você. Com as recentes alterações na regra do saque integral da aposentadoria do INSS, muitos se sentem preocupados e cheios de dúvidas. Continua lendo e entenda tudo sobre o assunto.
A aposentadoria integral aparece como um objetivo para muita gente, mas nem todos que contribuem com valores altos sobre o teto atual do INSS (R$7.507,49) conseguem obter o valor máximo pago pela previdência quando se aposentam. Isso tem sido um motivo de preocupação, especialmente após alterações promovidas pela reforma da Previdência.
Mas por que essa mudança na aposentadoria está preocupando os brasileiros?
A principal razão é que, além da alteração no formato do cálculo, existem diferentes índices de correção monetária aplicados sobre os benefícios previdenciários com o passar dos anos. Essa situação faz com que haja um descompasso entre o quanto a pessoa contribuiu e o quanto ela irá realmente receber após a aposentadoria.
Os valores pagos pela aposentadoria no INSS correspondem a 60% sobre a média salarial para trabalhadores que possuem tempo mínimo de contribuição de 15 anos, para as mulheres, e 20 anos, para os homens, e este valor aumenta em 2% a cada ano adicional de contribuição.
E o que significa o termo “média-teto”?
Aqueles que contribuem sobre o teto do INSS ao longo dos anos e se aposentam com 35 anos de contribuição (no caso das mulheres) ou 40 (para os homens), geralmente recebem o valor conhecido como média-teto, que atualmente é de R$ 6.953,83. Vale destacar que essa média é reajustada mensalmente, de acordo com a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Quais são as causas desta discrepância nos valores de aposentadoria?
O advogado especialista em previdência, Ben-Hur Cuesta, explica que a troca de índice de correção dos benefícios previdenciários ao longo do tempo gerou esse descompasso. Houveram anos em que foram utilizados índices como a ORTN (Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional), IPCR (Índice de Preços ao Consumidor Restrito) e IRSM (Índice de Reajuste do Salário Mínimo), que não refletiam da maneira adequada a inflação da época.
Com a nova fórmula de cálculo, para receber o teto, a pessoa precisa ter um tempo maior de contribuição após julho de 1994. Um homem precisaria ter contribuído por pelo menos 44 anos e uma mulher por 38 anos, mantendo um índice de cálculo do benefício previdenciário de 100% ou mais sobre a sua média salarial. O assunto é complexo e requer bastante atenção, mas é de suma importância para quem está planejando a aposentadoria.