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Encontro entre Biden, Lula e Zelensky no G7 pode redefinir postura do Brasil na guerra da Ucrânia

Encontro entre Biden, Lula e Zelensky na cúpula do G7
Encontro entre Biden, Lula e Zelensky na cúpula do G7

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou no último sábado (20.mai.2023) que o presidente dos EUA, Joe Biden, deseja um encontro com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cúpula do G7, no Japão. A reunião teria como pauta principal a discussão da guerra na Ucrânia.

Ainda segundo Sullivan, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também requereu um encontro com Lula, mas a agenda do Planalto não confirma reuniões bilaterais com Biden ou Zelensky no domingo (21.mai.2023).

Neutralidade do Brasil e Índia em relação ao conflito na Ucrânia

O conselheiro de Segurança Nacional também mencionou a busca de Biden por uma reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para tratar do mesmo assunto. Tanto a Índia quanto o Brasil têm mantido posição de neutralidade em relação ao conflito na Europa.

Ao ser questionado se haveria algum tipo de pressão para que Brasil e Índia endureçam o tom contra a Rússia na guerra, Sullivan afirmou que não definiria a abordagem dessa forma e declarou que o presidente Biden não opera dessa maneira com líderes importantes.

Contradições e mudanças no posicionamento de Lula

Lula já deu diferentes declarações sobre a guerra na Ucrânia. No dia 15 de abril, afirmou que os EUA deveriam parar de incentivar a guerra, e a União Europeia deveria começar a falar em paz. No entanto, em 18 de abril, o presidente brasileiro mudou o discurso, condenando a violação da integridade territorial ucraniana e defendendo uma solução política negociada para o conflito.

Em 10 de maio, Zelensky se reuniu com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República do Brasil, Celso Amorim, e defendeu a “fórmula ucraniana” como única forma de parar a guerra contra a Rússia.

A cúpula do G7 e a guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia está no centro das discussões na cúpula do G7 deste ano. Além dos países membros (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), Brasil, Austrália, Coreia do Sul, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia e Vietnã participam como convidados do encontro.

Com os eventos ainda em andamento, resta aguardar para ver se a posição brasileira sofrerá alguma alteração após os encontros bilaterais e as possíveis reuniões entre Biden, Lula e Zelensky na cúpula do G7.