Os principais bancos do país anunciaram a volta do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O novo valor da taxa de juros de 1,97% proposto pelo governo foi aceito pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), representante dos bancos.
Decerto que foram muitas reuniões, inclusive com representantes dos bancos para se chegar ao valor proposto
Contudo, foram os ministros da Fazenda, da Casa Civil, do Trabalho e da Previdência que apresentaram ao presidente Lula, a proposta que foi aceita.
“Levamos tabelas, levamos uma longa explicação sobre o que aconteceu com o crédito consignado desde a última decisão. E eu penso que o ministro está bem municiado de argumentos para recalibrar a taxa e permitir tanto para o aposentado acessar crédito e a garantia de que é um crédito mais barato do que o que vem sendo praticado até agora”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Aliás, o empréstimo consignado para os segurados do INSS possui taxa de juros mais baixas que outras modalidades do mercado.
Isso vale tanto para os empréstimos convencionais, como para empréstimo no cartão de crédito atrelado ao benefício social.
Bancos voltam com o empréstimo consignado para aposentados do INSS
Assim, entre os principais bancos do país que já anunciaram a volta do empréstimo consignado do INSS estão:
Bradesco
Banco do Brasil
Santander Brasil
Banco PAN
O Banco do Brasil (BB) foi o primeiro a anunciar o retorno do empréstimo consignado, ainda na terça-feira, dia 28.
A confirmação do BB veio logo após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovar o aumento para 1,97% do teto de juros mensais.
Em seguida, na quarta-feira, 29, foi a vez o Bradesco e do Santander também anunciarem a volta do consignado.
Por nota o Bradesco comunicou que vai cobra a taxa juros de 1,97%, que é teto estabelecido pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e que ainda vai ser confirmado oficialmente.
O banco Pan retornou nessa quinta-feira, 30.
Outros bancos que também anunciaram o a volta do empréstimo consignado
Outros bancos também já anunciaram a volta da modalidade de crédito.
O PagBank Pagseguro informou que os clientes poderão contratar os empréstimos consignados do INSS “diretamente pelo aplicativo”.
Enquanto o Itaú Unibanco disse que ainda avalia se voltará a conceder empréstimos da linha.
Já a Caixa Econômica, apesar da taxa de juros ser de 1,97%, prometeu oferecer uma taxa ainda menor, na casa dos 1,87% por mês.
O banco Daycoval também anunciou que vai retomar a modalidade após a publicação da norma.
Reajuste do teto
Após reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) na última terça-feira, 28, o novo teto da taxa de juros do empréstimo consignado do INSS ficou em 1,97% ao mês.
A Febraban, representantes dos bancos, também este presente na reunião da CNPS.
Contudo, a entidade preferiu não participar da votação sobre valor do novo teto dos juros do consignado.
“Os bancos, contribuindo para encerrar o impasse e diante de impactos na concessão dessa linha de financiamento que ainda serão avaliados, decidiram se abster na votação”, informou a federação.
“Caberá a cada instituição financeira, diante de sua estratégia de negócio, avaliar a conveniência de concessão do consignado para os beneficiários do INSS no novo teto de juros fixado pelo Conselho de Previdência”, completou a Febraban em nota oficial.
Entenda o caso
No dia 13 de março, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), anunciou uma redução da taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS de 2,4% para 1,7% ao mês, o que levou imediatamente os bancos privados e posteriormente, a Caixa Econômica e Banco do Brasil, a cancelarem a modalidade de empréstimo.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos não têm condições de pagar os custos de captação de clientes com as taxas de 1,7% determinadas pelo órgão ligado ao Ministério da Previdência
A questão toda foi que Lupi anunciou essa redução dos juros do consignado sem consultar o governo, nem mesmo a Casa Civil, sobre a viabilidade da proposta
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que criticou a redução inicial, sugeriu que a taxa ficasse entre 1,99% e 2,01%.
De acordo a representante dos bancos, é valor suficiente para cobrir despesas das instituições financeiras nas operações dessa linha de crédito.
O acordo da terça-feira, 28, foi mediado pelo presidente Lula (PT).
Ademais, o valor definido na reunião extraordinária do Conselho de Previdência.
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