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Desvendando a Crise de Sergio Moro: O ‘Senador-Zumbi’ na Mira do Parlamento e das Acusações

Da Lava Jato ao Senado: A Controvérsia de Sergio Moro
Da Lava Jato ao Senado: A Controvérsia de Sergio Moro

Já é possível ouvir pelos corredores do Parlamento expressões como “ex-senador em atividade”, “quase ex-senador” e “senador-zumbi” em referência a Sergio Moro (União Brasil-PR). Com discursos críticos vindos não somente da base do governo, mas também de colegas, a permanência de Moro na política parece cada vez mais incerta.

A exaltação a Moro parece ter uma breve duração, como sublinhou um dos parlamentares. A referência “senador-zumbi” parece já antever a cassação e a consequente eleição suplementar no Paraná, a qual já está preparada e aguarda apenas a vacância do cargo.

As acusações contra Sergio Moro

O ex-juiz federal da Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, enfrenta acusações de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido dos meios de comunicação e irregularidades em contratos sob responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral. Afinal, o que fez Moro?

As ações foram apresentadas pelo PL de Bolsonaro e pelo PT de Lula e, neste cenário, não foi observada polarização. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é visto como o mecanismo que será decisivo para o futuro de Moro e é esperado que ele cumpra o precedente da cassação da senadora Selma Arruda, abrindo espaço para novas eleições.

Quem irá disputar a vaga de Moro?

No PT, os nomes já colocados como possíveis substitutos de Moro são Roberto Requião, Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann. Já na base aliada de Bolsonaro, Ricardo Barros (PP) e Paulo Martins (PL) se colocaram à disposição. Além disso, Alvaro Dias (Podemos), entusiasta da operação Lava Jato, também demonstrou interesse.

O futuro político de Moro

A análise geral é que a situação atual de Moro é consequência de um misto de inexperiência política partidária e presunção. As acusações sugerem que Moro acreditou que estava à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba ao disputar a eleição. Os críticos são unânimes em atribuir a Moro a responsabilidade de sua possível queda.

Entram em cena nesse cenário as mensagens de Telegram apontando que Moro articulou com procuradores da força-tarefa da Lava Jato para condenar Lula. O juiz terminou por ter seu trabalho revisado. Essas mensagens, além da anulação da condenação de Lula pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acabaram colaborando para se chegar à percepção atual de Moro.

Moro é apontado como parcial no julgamento de Lula

O Supremo Tribunal Federal anulou a condenação de Lula feita por Moro e declarou o ex-juiz parcial no julgamento. Cristiano Zanin, advogado de Lula que teve embates com Moro ao longo do processo, assumirá uma vaga de ministro do STF em agosto, cadeira que foi cobiçada pelo próprio Moro.