Ainda na primeira semana do governo do Lula 3, o Ministro da Fazendo Fernando Haddad, anunciou um programa de renegociação de débitos chamado Desenrola Brasil.
Além de renegociar débitos das famílias endividadas, o programa também tem por objetivo impulsionar o consumo das famílias.
Essa é uma forma que governo encontrou de, além de recuperar o poder econômico e de compra das famílias, injetar dinheiro na economia contribuindo para o crescimento e desenvolvimento econômico do Brasil.
Detalhes do programa foram debatidos essa semana entre membros do Ministério da Fazenda e da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Contudo, o formato do Desenrola Brasil ainda não foi definido, apenas que a faixa econômica que será contemplada pelo programa e de até dois salários mínimos, equivalentes a R$ 2.604.
Números do endividamento da sociedade brasileira
De acordo com o levantamento do Serasa, hoje, quase 70 milhões de pessoas estão com o nome negativados.
Um número recorde de endividamento da população brasileira.
Para se ter uma ideia, de acordo com o CNC (Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 8 em cada 10 famílias no Brasil são incapazes de lidar com suas dívidas.
Sem contar o significativo e preocupante aumento dos empréstimos consignados, que aumentaram mais de 20% desde o ano de 2021.
Isso porque, o empréstimo consignado compromete a renda mensal do trabalhador(a), que muitas vezes já é baixa e por outras, muito baixa.
Ainda segundo dados do Serasa, em outubro de 2022, o valor das dívidas dos clientes negativados chegava a R$ 301,5 bilhões.
Desse total, “apenas” R$ 86,5 bilhões pertencem a instituições bancarias.
Assim, cerca de R$ 215 bilhões são débitos com concessionárias de energia elétrica, abastecimento de água e carnês de loja.
Dos quais, R$ 150 bilhões pertencem a cerca de 35 milhões a 40 milhões de brasileiros com renda de até dois salários mínimos, que como dissemos anteriormente, é o público alvo do Desenrola Brasil.
Então, o Desenrola Brasil vem nesse intuito de ajudar a destravar o acesso ao consumo de uma parcela da sociedade, assim como estimular a economia.
Programa desenrola Brasil
O Desenrola será uma medida fundamental para combater o endividamento excessivo da população.
Assim, a ideia seria a criação de um fundo garantidor, com recursos públicos, que serviria como um amparo que daria segurança na negociação das dívidas.
Assim, os bancos poderiam repassar os valores com taxas de juros mais baixas aos clientes, visto que estariam garantidos de serem cobertos pela União em casa de inadimplência.
Por outro lado, os credores precisam dar descontos na dívida para terem acesso a modalidade, que lhes garante o pagamento da dívida.
Contudo ainda não está definido se terá um percentual mínimo de abatimento.
De acordo com Isaac Sidney, presidente da Febraban, os bancos públicos e privados têm interesse na negociação.
“A equalização do endividamento tem um importante apelo social, já que cria condições para ampliar a inclusão financeira dos mais necessitados, aumenta o consumo e contribui para uma expansão das operações de crédito”, diz.
Ainda segundo Sidney, a Febraban entrou em dialogado com o governo desde a transição para construir um programa que consiga “desnegativar consumidores”.
“O desafio é quem alcançar e quais serão as dívidas. A tendência é que sejam aqueles devedores que ganham até dois salários mínimos, e as dívidas sejam aquelas do dia a dia das pessoas, como concessões de serviços públicos, crediário”, acrescentou.
Por fim, com a implantação do Desenrola Brasil, os consumidores(a) que tenham interesse em quitar dívidas referentes ao cartão de crédito, cheque especial ou crédito pessoal terão acesso a descontos, novos prazos e valores renegociados.
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