Moeda comum entre países da América do Sul tem sido comparada ao Euro. Contudo, existem diferenças importantes. Veja!
As discussões sobre a criação de uma moeda comum entre os países sul-americanos ganhou mais força com a visita do presidente Lula (PT) à Argentina, nesta semana. Ao que parece, o novo item será chamado de SUR e começou a ser comparado ao Euro, dinheiro único dos membros da União Europeia.
Contudo, é preciso esclarecer que a comparação não é válida. A moeda dos países da América do Sul não extinguirá o Real ou o Peso, vigentes nos países vizinhos. A Sur será uma moeda voltada para as transações comerciais entre as nações do Mercosul.
Para entender melhor, é necessário pontuar que existem diferenças importantes entre uma moeda única e uma moeda comum. Por isso, o Euro e a SUR não podem ser considerados sob os mesmos critérios.
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DIFERENÇA entre EURO e SUR
Atualmente, o Euro é moeda única entre os países da chamada Zona do Euro da UE. Isso significa que todas as transações financeiras dentro das nações pertencentes ao bloco, além das movimentações comerciais para o exterior, são feitas por meio do Euro. A moeda é a base de toda a economia de tais países.
Quando se fala da SUR, possível moeda sul-americana, trata-se de uma moeda comum. Ou seja, a moeda funcionaria somente para transações comerciais entre os países em questão. Nesse sentido, o Real do Brasil e o Peso da Argentina não deixariam de existir e continuariam sendo as principais nos territórios de ambas as nações.
QUAL os objetivos da criação de uma MOEDA comum
Os objetivos principais da criação de uma moeda comum entre Argentina e Brasil estão relacionados à facilidade de trocas comerciais entre os países da América do Sul, o que serviria para ajudar a reduzir a influência do Dólar nessa região.
Vale ressaltar que os cidadãos comuns ou turistas não teriam acesso à SUR, uma vez que ela seria usada apenas para transações entre os países.
Caso haja a oficialização da nova moeda, outras nações sul-americanas também serão convidadas a usá-la. Segundo estimativas do Financial Times, uma união monetária capaz de atender toda a região representaria cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) global.
Contudo, é importante dizer que se trata de apenas uma ideia até o momento. O projeto ainda depende de estudos para de fato começar a ser implementado.