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Caixa Preta do ChatGPT causa apreensão em especialistas em IA

Caixa Preta do ChatGPT causa apreensao em especialistas
Caixa Preta do ChatGPT causa apreensao em especialistas

O ChatGPT é um poderoso modelo de linguagem baseado em inteligência Artificial (IA) que pode gerar respostas humanas através de textos e que está causando um alvoroço no mundo cientifico, ainda mais agora depois da descoberta de uma suposta Caixa Preta das IAs.

Já há algum tempo os Devs (desenvolvedores) descobriram que programas de IA estavam desenvolvendo linguagens próprias.

O que levou a vários Devs e Big Techs, como o Facebook, por exemplo, a removerem a IA de suas plataformas ou projetos.

Um exemplo recente é o de Devs do Google, que trabalhando em um software de inteligência artificial, perceberam que a IA, a partir de pouquíssimas informações, aprendeu a falar um idioma chamado bengali.

“Descobrimos que com muito poucos prompts em bengali, ela agora pode traduzir tudo em bengali”, relatou vice-presidente de tecnologia e sociedade do Google James Manyika em entrevista ao programa 60 Minutes, da emissora estadunidense CBS.

Já Sundar Pichai, CEO do Google, explicou que essa capacidade inesperada dos programas de IA é conhecida como “caixa preta”.

A Caixa Pretas das IAs é um fenômeno que os próprios especialistas ainda não compreendem completamente.

Mas o ChatGPT, principal sistema de IA utilizado atualmente, também possui uma Caixa Preta?

Vamos perguntar para ele!

Existe uma Caixa Preta do ChatGPT?

Para responder a essa pergunta, ninguém melhor do que o próprio ChatGPT.

Assim, abaixo segue a resposta da IA

Como um modelo de linguagem de IA, o ChatGPT não tem uma “caixa preta” física como uma peça de máquina ou equipamento.

No entanto, o termo “caixa preta” pode ser usado para se referir aos processos internos e funcionamento do modelo que não são diretamente visíveis ou acessíveis aos usuários.

Nesse sentido, a “caixa preta” do ChatGPT representa os complexos algoritmos e a arquitetura de redes neurais que permitem gerar respostas à entrada do usuário.

Embora os usuários possam inserir texto e receber respostas, eles não têm acesso aos processos subjacentes que permitem que o ChatGPT gere essas respostas.

Isso ocorre porque o funcionamento interno do modelo é altamente complexo e difícil de entender ou visualizar completamente.”

O desenvolvimento da Inteligência Artificial

As Big Techs, gigantes da tecnologia como Google, Meta, Microsoft estão entre as grandes responsáveis pelo avançou no desenvolvimento da IA.

São elas que estão investem em charbots como o Bard e o ChatGPT

Para se ter uma ideia do nível e do risco que o desenvolvimento da IA atingiu, nessa terça-feira, 02, uma das maiores referencias em Inteligência Artificial, Geoffrey Hinton, pediu demissão do seu cargo de vice-presidente do Google.

O motivo do pedido de demissão? Chamar a atenção para o risco que o desenvolvimento da IA pode ser para a humanidade.

Hinton, além de vice-presidente do Google, era membro da equipe de engenharia e conhecido como o “Padrinho da IA” por ter criado o “sistema neural” para os computadores, que foi o que permitiu o desenvolvimento da IA.

De acordo com Hinton, há uma série de problemas éticos que precisam ser resolvidos relacionados a IAs generativas, como Bard, ChatGPT e Bing Chat.

Entre os principais riscos que o “Padrinho” aponto está a falta de compreensão sobre como as IAs aprendem habilidades não programadas.

Diferente de programação de um software tradicional, uma IA reproduz um sistema de “redes neurais” semelhantes ao do cerebro humano.

 Para tal são necessários muitos e poderosos processadores capazes de lidar com enormes quantidades de dados e adaptar-se em resposta ao que estão fazendo.

Inteligência artificial

David Stern, gerente de pesquisa quantitativa da G-Research, chama a atenção para o que ele chama de um progresso em relação as caixas-pretas das IAs.

Segundo Stern, as caixas-pretas estão cada vez mais repletas de dados, cada vez mais difíceis de compreender.

Uma tendência emergente é o “aprendizado por reforço profundo”, no qual o sistema aprende automaticamente ao interagir com o ambiente.

Ian Hogarth, cofundador da Plural e autor do livro “The Status of AI Reports”, destacou que chatbots como o Bard e o ChatGPT são frutos de décadas de pesquisa e desenvolvimento.

Hogarth destaca a necessidade de um diálogo sincero sobre os impactos dessas tecnologias, visto que a IA vai impactar diretamente em várias áreas da vida humana.

Justamente por conta desse amplo impacto sobre diversos aspectos da vida humana, Pichai defende que não somente Devs, mas também cientistas sociais, especialistas em ética e filósofos participem do processo de criação das IAs.

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