Alcides Martins, subprocurador-geral da República, afirmou que devido aos ânimos acirrados, a volta de Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil pode demorar. Bolsonaro viajou aos Estados Unidos em 30 de dezembro, dois dias antes de Lula (PT) assumir a Presidência da República, e ainda não retornou.
“O meu juízo é que ele não deverá voltar muito rápido porque há relações muito tensas entre o grupo que saiu e o grupo que entrou, e isso dificulta o diálogo”, disse Martins em entrevista à Agência Lusa. “Os ânimos estão muito acirrados e, voltando, pode ser vítima de alguma ação.”
Martins acredita que as relações tensas entre os grupos que saíram e entraram dificultam o diálogo. E ao retornar, Bolsonaro pode ser vítima de alguma ação. Ele também considerou um exagero a prisão de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. E ainda, o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do governo do DF por suspeitas de omissão no dia 8 de janeiro.
O subprocurador-geral argumentou que não se deve punir antes de chegar a uma conclusão comprovada de coparticipação ou omissão declarada e que Ibaneis foi eleito pelo povo.
Viagem de Bolsonaro aos EUA
Em resumo, durante sua viagem, o ex-presidente será acompanhado por seguranças em Orlando, na Flórida, e em Washington, capital dos EUA. Então, a autorização foi assinada pelo Secretário de Administração da Secretaria-Executiva da Casa Civil, Antônio Funcio de Mendonça. Logo depois, foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (27 de fevereiro de 2023).
Assim, é possível encontrar a íntegra do despacho (62 KB) no link fornecido.
Inicialmente, os agentes selecionados para acompanhar Bolsonaro estão lotados no setor de Apoio a ex-Presidentes da República da Diretoria de Gestão de Pessoas da Secretaria de Administração da Secretaria Executiva da Casa Civil.
Bolsonaro chegou aos Estados Unidos com sua família em 30 de dezembro de 2022 para passar férias e se recusou a passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e sua filha Laura, de 12 anos, retornaram ao Brasil no final de janeiro.
De fato, em 16 de fevereiro, Michelle declarou que seu marido deveria ficar mais tempo no país norte-americano para descansar. “Acho que ele [Bolsonaro] precisa descansar mais, continuar por lá. Estou com ele há 15 anos e nunca o vi descansar”, afirmou Michelle na ocasião.