no , ,

Bolsonaro e o Declínio das Forças Armadas: Vergonha, Escândalos e Incompetência Revelada

Impacto de Bolsonaro nas Forças Armadas
Impacto de Bolsonaro nas Forças Armadas

A história conferiu à figura do Tenente Coronel Mauro Cid o estigma da vergonha e humilhação aos quais as Forças Armadas brasileiras foram acometidas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesse contexto, percebe-se que não apenas a imagem do alto oficial, agora monitorado por tornozeleira eletrônica, foi abalada, mas a integridade das próprias instituições militares.

Rumores de um acerto de contas político por parte do ex-presidente com o Exército também foram ventilados, tendo em vista sua saída polêmica da instituição sob acusações de planejar atentados e desrespeitar a hierarquia. Nessa linha, a situação de Mauro Cid e seu pai, o respeitado General Lourenço Cid, ilustra o embaraçoso quadro militar.

Quais estragos Bolsonaro causou nas Forças Armadas?

Para além do constrangimento de altos oficiais, Boslonaro proporcionou outras consequências negativas ao âmbito militar. Foram muitas as denúncias de “compra de corações e mentes” de oficiais de alta patente por meio da oferta de cargos comissionados, indo além, lotou a Esplanada dos Ministérios de militares para posições as quais não estavam devidamente qualificados, o que culminou em diversos escândalos e divergências administrativas.

O ex-presidente foi responsável por rebaixar os militares ao patamar do Centrão, grupo político antes desprezado pelos fardados. Como exemplo, o general Augusto Heleno, chefe do GSI que passou a encobertar a má conduta desse setor, permitindo um dos maiores vexames da história da Aeronáutica: o caso do avião presidencial transportando um militar traficando cocaína em uma viagem oficial do presidente.

Como ficou a imagem dos militares após essa gestão?

A respeitabilidade e competência antes associadas às Forças Armadas brasileiras foram afetadas drasticamente, passando a serem vistas como sinônimos de incompetência. Casos como o do General Eduardo Pazuello, considerado um dos responsáveis ​​pela crise da COVID-19 no país, e o do General Braga Netto, encarregado de coordenar a mísera política governamental de combate à doença, demonstram essa realidade.

Também houve aqueles que, por conta própria, comprometeram sua imagem ao apoiarem manifestações antidemocráticas, como o General Villas Boas Correia. O episódio do Almirante Bento Albuquerque, cúmplice de Bolsonaro na tentativa de contrabandear joias valiosas doadas pelo sheik da Arábia Saudita, também contribui para esse quadro.

Qual é o legado dessa gestão?

Essas são apenas algumas das muitas situações que mancharam a reputação das Forças Armadas brasileiras. Contudo, cada uma dessas histórias compõem um retrato maior. Essencialmente, elas apontam para uma fase sombria da história das instituições militares no Brasil, com Mauro Cid se tornando o emblemático rosto desse período.