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Amante da Noite? Veja as Vantagens de Ser uma Pessoa Noturna!

Pessoas Noturnas e Desempenho Cognitivo: Novas Descobertas
Pessoas Noturnas e Desempenho Cognitivo: Novas Descobertas Créditos: depositphotos.com / RostyslavOleksin

Você já parou para pensar se os hábitos noturnos podem realmente afetar seu desempenho mental? Frequentemente, a saúde e o bem-estar são associados a levantar cedo e aproveitar o nascer do sol. No entanto, recentes estudos conduzidos pelo Imperial College London (ICL) estão desafiando essa concepção popular. Os pesquisadores descobriram que indivíduos com hábitos noturnos podem, na verdade, exibir melhor desempenho cognitivo em comparação àqueles que são mais ativos pela manhã.

A pesquisa sugere que ser uma “pessoa noturna” não é somente uma preferência pessoal, mas também pode impactar diretamente nossa capacidade cerebral. Segundo Raha West, principal autor do estudo do Departamento de Cirurgia e Câncer do ICL, há uma ligação perceptível entre o cronotipo noturno e melhores resultados em testes de inteligência. Essas informações abrem espaço para um novo olhar sobre os benefícios do estilo de vida noturno.

Como o Cronotipo Noturno Influencia o Desempenho Cerebral?

O estudo em questão analisou mais de 26.000 indivíduos do UK Biobank, avaliando não apenas seus hábitos de sono, mas também desempenho em diferentes testes cognitivos. Os resultados mostraram que aqueles que se identificam como noturnos tendem a superar os diurnos em várias avaliações cognitivas.

Para entender melhor, é essencial saber o que são os cronotipos. Os cronotipos são as nossas preferências de horários para acordar, dormir e realizar atividades, e são influenciados pelo nosso ritmo circadiano. Eles se dividem em três principais: matutinos, vespertinos e intermediários.

  • Matutinos: Preferem dormir e acordar cedo.
  • Vespertinos: Preferem dormir e acordar tarde.
  • Intermediários: Têm horários de sono mais flexíveis.

Qual é o Impacto dos Cronotipos no Risco de Doenças?

Apesar de serem associadas a um desempenho cognitivo aprimorado, personalidades noturnas também foram conectadas a riscos aumentados para certas condições de saúde, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Estudos anteriores relacionaram a “vespertinidade” a uma propensão maior de desenvolver certos distúrbios psicológicos e neurológicos, bem como um risco 10% maior de morte precoce se comparados aos matutinos.

Qual a quantidade ideal de sono para otimizar a função cerebral?

Segundo os resultados do estudo, dormir entre sete e nove horas por noite parece ser o ideal para maximizar as funções do cérebro, especialmente em relação à memória e rapidez no processamento de informações. No entanto, a pesquisa também aponta que dormir mais de nove horas pode ser contraproducente, impactando negativamente o funcionamento cerebral.

Curiosamente, mesmo aqueles que sofrem de insônia não mostraram um declínio significativo na função cerebral, o que sugere nuances adicionais que os números geralmente não revelam. Essa complexidade destaca a importância de considerar fatores individuais ao avaliar o impacto do sono na saúde cognitiva.

Diversos estudos corroboram as descobertas do Imperial College London. Pesquisas feitas pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Stanford também indicaram que vespertinos apresentam maior flexibilidade cognitiva e criatividade. No entanto, esses benefícios precisam ser balanceados com práticas de sono saudável.

Em resumo, as descobertas do Imperial College London ressaltam que ser uma pessoa noturna pode ter suas vantagens, especialmente quando se trata de funções cognitivas. Contudo, ainda há muito a ser explorado sobre como os padrões de sono influenciam nossa saúde de maneira geral. Enquanto isso, pessoas noturnas podem se orgulhar de seu cronotipo sabendo que ele possui, sim, seus benefícios cognitivos.