O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ordenou a prisão de Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, influenciadores do canal Hipócritas no YouTube.
Produtores de conteúdo digital participam de manifestação contra resultado eleitoral em frente ao quartel-general de Brasília (DF). O caso é sigiloso no Supremo Tribunal Federal.
O jornalista Oswaldo Eustaquio já foi preso pela PF (Polícia Federal) em junho de 2022 por supostamente participar de manifestações com pautas antidemocráticas.
Dessa forma, entenda o andamento da investigação e saiba porque ministro pede prisão de youtuber pró-bolsonaro.
Investigações contra youtuber
O influenciador foi citado na investigação por financiar e orquestrar atividades que incluíram a suspensão do STF e do Congresso Nacional. A decisão ocorreu na última semana, mas a Polícia Federal (PF) ainda não identificou os suspeitos.
Eustáquio é investigado pelo STF por ações antidemocráticas. De acordo com o advogado do caso “a ordem é ilegal, inconstitucional e ofensiva“. Ele também declarou que não sabia onde estava Eustáquio: “Eu o vi pela última vez em um pequeno avião com o povo de Hipcritas“.
Existe um vídeo circulando nas redes bolsonaristas de Eustaquio e Bismarck em um avião com Paulo Souza, também do Hipócritas. Na filmagem, eles dizem que estão na “missão mais importante de suas vidas“, mas não revelam o destino.
O nome de Bismarck apareceu em investigações por tentativa de atos contrários à posse de Lula. Os bolsonaristas, insatisfeitos com os resultados eleitorais, promoveram uma série de manifestações antidemocráticas desde a derrota do atual presidente.
Atos extremistas e atuação pró-bolsonaro
Os extremistas bloquearam estradas e montaram acampamentos próximos a instalações militares com o objetivo de pressionar por intervenção. Além disso, os manifestantes se envolveram em dois episódios de violência na capital federal nos últimos 30 dias.
Em um deles, bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal contra a prisão do Cacique Serere, investigado por incitar atos em diversos pontos de Brasília.
Nesse sábado (24/12), a polícia prendeu o empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, após armar uma bomba nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.
O empresário disse ter gastado cerca de R$ 160 mil em armas e R$ 600 em dinamite antes de sair de Xinguara (PA) para a capital federal, onde participava de atos em frente ao QG do Exército desde 12 de novembro.
Nos últimos 15, o ministro Alexandre de Moraes autorizou mais de 80 mandados de busca, apreensão e prisão contra Bolsonaro. Ele também decidiu quebrar o sigilo bancário e fechar as contas de dezenas de empresários de Bolsonaro suspeitos de financiar atividades antidemocráticas.