Em uma decisão controversa, a Justiça Federal negou o pedido de prisão dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) relacionados à tragédia que resultou na morte de Heloísa dos Santos Silva, uma menina de três anos, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
Os agentes que estavam envolvidos nesse terrível incidente foram identificados como Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva.
Quais foram as medidas tomadas pela justiça em relação aos policiais?
Embora a prisão não tenha sido concedida, como uma medida alternativa, a Justiça ordenou que os policiais utilizem tornozeleira eletrônica, entreguem suas armas pessoais e permaneçam afastados de suas funções. Essa decisão veio depois que o Ministério Público Federal apresentou o pedido de prisão na última sexta-feira, antes da confirmação da morte da pequena Heloísa.
A família da menina foi intimidada?
A Procuradoria relatou uma tentativa de intimidação à família de Heloísa. Segundo o documento apresentado, 28 agentes da PRF foram ao hospital onde a criança estava após o incidente. Um dos agentes, vestido à paisana, até conseguiu penetrar na emergência pediátrica e conversar com o pai de Heloísa. A Procuradoria afirma que essa ação clara demonstra o “uso indevido da força corporativa”.
Existe uma necessidade de outras investigações no caso?
Em um pedido distinto, a Procuradoria solicitou à Justiça uma nova análise do fuzil confiscado e do veículo onde Heloísa estava no momento do incidente. Isso decorre do fato de que o MPF não concorda com o laudo apresentado pela Polícia Civil. Eles argumentam que existem inconsistências, como o número de perfurações no carro da família e também o fato de apenas um perito ter assinado o laudo, quando normalmente são necessários dois profissionais para realizar tal tarefa.
Enquanto a busca pela justiça continua, a morte da jovem Heloísa ressoa como um lembrete brutal da necessidade de transparência e responsabilidade nas forças da lei.