Representada pela voz do povo, a política no Brasil sempre pareceu incentivar as principais ações dentro do Congresso e do Judiciário. Foi observada nas ocasiões dos processos de impeachment de Fernando Collor e Dilma Rousseff, na prisão de Lula e durante sua soltura, a qual se perpetuou graças ao apoio gerado pela operação Vaza Jato.
Entretanto, um novo enredo começa a se desenrolar nos âmbitos sociopolíticos. Adentrando as redes sociais, atingindo a imprensa e sendo tema das mais variadas conversas, a possibilidade de prisão de Jair Bolsonaro conquista cada vez mais força no cenário nacional. A discussão ganhou notoriedade após a venda das joias recebidas pelo ex-presidente vir à tona.
Qual o contexto atual das discussões envolvendo Bolsonaro?
Dados recentes revelam um impressionante aumento de 2.556% na produção de publicações online que mencionam “Bolsonaro” e “prisão”, em comparação com o mês anterior. A avaliação observou um total de 219 mil publicações. A repercussão do assunto também se refletiu nas pesquisas do Google, apresentando picos significativos na segunda metade de agosto. Surpreendentemente, a probabilidade de detenção do ex-presidente também foi levantada em inúmeros artigos internacionais, gerando um crescimento de 980% nas reportagens do gênero.
A possibilidade de prisão de Bolsonaro é real?
A amplitude da discussão atingiu patamares tão altos que Carlos Bolsonaro, em uma rede social, pediu a seus seguidores que abandonassem a discussão acerca da potencial detenção do ex-presidente. Ele chegou a comparar aqueles que insistem no assunto a indivíduos que sofrem da Síndrome de Estocolmo, condição psicológica na qual uma pessoa sequestrada desenvolve sentimentos positivos em relação ao sequestrador. Seria uma observação perspicaz de Carlos Bolsonaro a respeito do peso da narrativa, capaz de converter discussões em realidade?
Como a detenção de Bolsonaro é vista pela esquerda e pela direita?
Enquanto os bolsonaristas enxergam o ex-presidente como uma vítima, acreditam que ele sofre uma intensa perseguição pelo “sistema”. Por outro lado, há dificuldades para estabelecer uma defesa robusta que proteja a imagem de Bolsonaro, que sempre buscou se apresentar como um homem simples e honesto. O recente escândalo lançou dúvidas na mente pública e, serve para desarmar muitos conservadores, promovendo a narrativa de uma possível prisão. Por fim, a esquerda vê a detenção de Bolsonaro como inevitável, acreditando veementemente em seu envolvimento em crimes diversos.
Com a questão devidamente posta, o Brasil parece aceitar cada vez mais a ideia da prisão de Bolsonaro. Agora, aliados e detratores se questionam: “quando isso ocorrerá?”.