Após deixar a presidência do Brasil e qualquer outro cargo público pela primeira vez em mais de três décadas, Jair Bolsonaro segue com uma condição financeira destacável. Mesmo fora do cenário político ativo, Bolsonaro possui uma receita mensal considerável, que supera os R$ 80 mil. Esse montante é a soma de diversos benefícios, refletindo as vantagens de carreiras pregressas no serviço público e na política.
Os ganhos mensais de Bolsonaro são divididos entre dois tipos principais de rendimentos fixos: suas aposentadorias e seu salário atual como presidente de honra do Partido Liberal (PL). Essa configuração beneficia o ex-presidente com valores que excedem o padrão de muitos trabalhadores brasileiros.
Como Se Compõem os R$ 80 Mil Mensais de Jair Bolsonaro?
Uma parte considerável dessa receita provém de duas aposentadorias. Como capitão reformado do Exército, Bolsonaro adquire cerca de R$11.945,49 brutos mensais. Além disso, uma aposentadoria de ex-deputado federal acrescenta aproximadamente R$30,2 mil a essa conta. Esses dois valores, somados, já representam uma quantia expressiva.
O Salário de Presidente de Honra e Outros Benefícios
Além das aposentadorias, Bolsonaro incorpora ao seu orçamento um salário estimado em R$39 mil obtidos através de seu papel como presidente de honra do PL. Essa função, embora não demande uma participação política ativa como um cargo eletivo, ainda assegura uma remuneração significativa ao ex-presidente.
Os Privilégios de Ex-Presidente e Suas Implicações Sociais
Adicionalmente aos rendimentos mensais, Bolsonaro beneficia-se de prerrogativas da Lei 7.474, sancionada em 1986 durante o governo José Sarney, destinadas a ex-presidentes. Esses privilégios incluem, entre outros, o direito a quatro servidores para segurança e apoio pessoal, bem como dois motoristas e dois veículos oficiais da União. Essas conveniências ampliam ainda mais o leque de recursos acessíveis ao ex-chefe de Estado, mesmo após sua saída do governo.
A existência de tais benefícios traz à tona uma discussão relevante sobre a disparidade econômica no Brasil. Enquanto alguns poucos, como Bolsonaro, desfrutam de uma condição financeira amplamente favorável, grande parte da população brasileira enfrenta desafios econômicos diários significativos. Esse cenário levanta questões necessárias sobre a equidade na distribuição de renda e os privilégios inseridos no sistema político brasileiro.
Para contextualizar, outros ex-presidentes brasileiros também usufruem de benefícios semelhantes. Em 2021, por exemplo, Lula foi o ex-presidente com os maiores gastos: mais de R$ 1 milhão. Nos Estados Unidos, ex-presidentes recebem uma pensão vitalícia, têm direito a proteção do Serviço Secreto e muitos benefícios adicionais, como cobertura de despesas com viagens e manutenção de um escritório próprio.