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Empregados da Caixa exigem transparência em dados financeiros do Saúde Caixa

Caixa: Empregados da Caixa Exigem Transparência
Caixa: Empregados da Caixa Exigem Transparência

Em meio a um cenário de incertezas e desafios, representantes dos empregados da Caixa têm solicitado a divulgação de dados financeiros cruciais referentes ao Saúde Caixa. A necessidade premente de tais informações tornou-se pauta central na última reunião do Grupo de Trabalho (GT), efetuada na quarta-feira, 13 de setembro de 2023.

Essas cobranças de clareza foram apontadas devido à sombragrandes questões, incluindo discrepâncias referentes ao fundo de reserva do plano: a Caixa reportou uma diferença de R$ 221 milhões a menos. “Esses números precisam ser esclarecidos para nós”, disse Fabiana Proscholdt, uma das principais vozes na Comissão Executiva dos Empregados.

O que está por trás dos custos do Saúde Caixa?

Além de questionamentos sobre a transparência dos dados, os representantes dos empregados também pediram esclarecimentos sobre o custo do banco com programas de saúde e segurança do trabalho. Em suas vistas, os empregados argumentam que os custos administrativos do Saúde Caixa deveriam ser responsabilidade exclusiva do banco. Eles argumentam ainda que falta uma política consistente de acompanhamento de doenças crônicas e promoção da saúde dos empregados – cenário que coloca em risco os usuários e aumenta a pressão sobre o plano de autogestão.

Permanecem as falhas no credenciamento?

A escassez de estabelecimentos e profissionais de saúde credenciados continua sendo um ponto crítico para os usuários do Saúde Caixa. A despeito da apresentação, pelo banco, do processo atual e do formato do credenciamento estratégico (desde 2020), muitos se dizem insatisfeitos e solicitam mudanças. “Constata-se que há cada vez mais reclamações de usuários sobre a falta de credenciados em todos os municípios, independentemente do tamanho”, afirma Leonardo Quadros, diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa.

Os empregados pedem equanimidade

Para Fabiana Proscholdt, este cenário revela uma carência de equanimidade evidente. Posto que muitos têm que se deslocar para outros municípios em busca de atendimento. E evidencia-se a demanda pela descentralização do atendimento, enquanto a Caixa parece insistir em uma perspectiva mais voltada para o negócio do que para a saúde dos usuários.

A partir dessa perspectiva, os representantes dos empregados afirmam que a solução para essas e outras dificuldades estaria na reativação das representações regionais de gestão de pessoas com uma área responsável pelo Saúde Caixa. Eles alegam que as realidades regionais variadas são ignoradas pela Caixa, que parece acreditar ser capaz de resolver todos os problemas apenas a partir da estrutura da Matriz ou por meio de ferramentas de BI (business intelligence).

Reembolso integral: uma alternativa possível?

Face a uma rede credenciada insuficiente, o usuário pode optar pelo reembolso integral. Nele, o Saúde Caixa ressarce todo o valor pago pelo usuário, descontando apenas 30% – referente à coparticipação. Contudo, muitos usuários não estão cientes destes direitos, ou de como fazer o pedido ao plano – e esse descompasso, por vezes, leva à recusa dos pedidos de reembolso.

A representação dos empregados segue em busca por respostas e clareza nos dados financeiros do Saúde Caixa. Afinal, o conhecimento dos dados é essencial para uma melhor compreensão do funcionamento do plano e, consequentemente, a busca por melhorias necessárias.