Se você é um dos vários brasileiros que recebe o benefício do Bolsa Família, pode ter ouvido falar de um alarmante vídeo que está circulando nas redes sociais. O vídeo alega que o governo federal estaria planejando uma redução drástica no número de famílias beneficiárias.
Algumas pessoas clamam que apenas 16% dos atuais beneficiários continuariam recebendo o auxílio. No entanto, após uma análise cuidadosa, ficou claro que há muitas informações imprecisas circulando.
Verdades e mitos sobre a redução do Bolsa Família
De acordo com o site Boatos.org, que checou as informações contidas no vídeo, não há indícios de que o governo federal pretenda reduzir o número de beneficiários do Bolsa Família em 84%. Na realidade, algumas mudanças estão sendo planejadas, mas a intenção é evitar fraudes no sistema do programa.
Por exemplo, foram divulgadas situações de pessoas tentando burlar o sistema se cadastrando como família unipessoal para receberem benefício extra. Portanto, há algumas reformas nesse sentido, mas não um corte massivo como o vídeo sugere.
O que diz a portaria de 24 de agosto de 2023 citada no vídeo?
A portaria citada no vídeo alarmante realmente existe e está relacionada ao Bolsa Família. No entanto, o trecho de 16% citado no vídeo foi mal interpretado. A portaria estabelece um “limite máximo de atendimento de famílias unipessoais no PBF (Programa Bolsa Família) a taxa de 16% do total de famílias beneficiárias atendidas pelo Programa no município”.
Isso significa que apenas 16% das famílias beneficiárias do Bolsa Família podem ser compostas por uma única pessoa. Essa é uma forma de limitar as fraudes e garantir que os benefícios sejam entregues para quem realmente precisa. Portanto, a alegação de que os outros 84% serão cortados do programa é totalmente falsa.
O que é importante lembrar ao verificar informações sobre o Bolsa Família?
Sempre que receber uma informação sensacionalista ou alarmante, é vital verificar a veracidade antes de compartilhá-la. No caso do vídeo sobre o corte no Bolsa Família, nota-se a presença de várias características de “fake news”: tom alarmista, erros gramaticais e falta de detalhes específicos.
Levar em consideração a fonte e procurar órgãos confiáveis de verificação de informações pode evitar a disseminação de boatos e preocupações desnecessárias.