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Lula adota táticas diversionistas de Trump e Bolsonaro: Estratégia arriscada?

Lula pega estratégia de Trump e Bolsonaro
Lula pega estratégia de Trump e Bolsonaro

O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, levantou questionamentos na última semana. Durante entrevista para o jornalista Marcos Uchôa, no Canal Gov, trouxe à tona táticas diversionistas implementadas por seus antecessores Jair Bolsonaro e, de certo modo, Donald Trump. Isso gerou reflexões sobre as implicações que essa estratégia poderia trazer para o atual mandato de Lula.

De acordo com as declarações dadas, estas táticas seriam utilizadas em momentos de pressão, buscando desviar a atenção de temas incômodos ou questões não resolvidas que se tornavam desfavoráveis ao mandatário. Entretanto, é necessário pontuar que a eficácia dessa abordagem é questionável, dado que nem Trump nem Bolsonaro conseguiram se reeleger.

Diversionismo: uma tática arriscada

Analisando o histórico recente, as táticas diversionistas implementadas por líderes políticos tem origem no uso de táticas militares na política, mais especificamente, a chamada guerra híbrida, que se utiliza de desinformação para confundir o adversário. Ao jogar uma série de ideias, temas controversos ou polêmicos ao público, o político aproveita para avaliar a reação do público. Caso seja favorável, avança nesse ponto; se a reação for negativa, recua.

O uso do diversionismo na recente “Conversa com o Presidente”

Durante a última “Conversa com o Presidente”, Lula deu sinais de que estaria aderindo a essa tática diversionista. Ao invés de discutir temas complexos como a presença do Centrão em seu governo e a pressão para ter uma mulher negra no Supremo Tribunal Federal (STF), o líder trouxe à tona a ideia controversa de tornar os votos dos ministros do STF sigilosos, deixando pública apenas a decisão final.

Por que o uso do diversionismo pode ser uma estratégia falha?

A eficácia dessa tática diversionista é discutível. De fato, ela pode desviar o foco de temas incômodos para o governante e comprar algum tempo. Entretanto, a longo prazo, o uso excessivo desse tipo de estratégia pode desgastar a imagem do líder perante a população. O eleitorado acaba por perceber a tática, comparável à descoberta do truque por trás de um truque de mágica. Uma vez que o método é revelado, perde sua eficácia.

Isso se confirma ao observar os destinos políticos de Bolsonaro e Trump, últimos líderes a usarem essa tática de maneira acentuada. Nenhum dos dois conseguiu a reeleição, fato que lança dúvidas sobre a eficiência desse tipo de abordagem e que deixa uma incerteza para o futuro do mandato de Lula.