Já pensou em ganhar um auxílio no valor de aproximadamente R$ 700 para você se casar? Pois bem, o governo chinês, mas propriamente um condado do leste do país está oferecendo 137 dólares, aproximadamente R$ 668, para casais se unirem em matrimônio.
De acordo com a proposta do condado de Changshan, casais em que a noiva tenha no máximo 25 anos, vão receber o auxílio.
O objetivo da medida é combater a queda dos casamentos, ao mesmo tempo que incentiva a criação de novas famílias.
Essa é uma forma do governo impulsionar a população e também garantir um futuro demográfico saudável para o país.
China oferece auxílio para casais se casarem
O governo do condado de Changshan, em seu comunicado esclareceu que o auxílio para casais tem o objetivo de recompensar e promover o “casamento e procriação adequados à idade”.
Mas se engana quem acha que a assistência aos futuros pombinhos acaba por aí. Ainda de acordo com o governo, os casais também vão receber ajuda para cuidados infantis, para fertilidade e também para educação.
Por mais incrível que pareça, a China, com seus mais de 1,4 bilhão de habitantes, atravessa atualmente problemas de reduções significativas no número de casamentos e na taxa de natalidade.
Em 2022, o país teve uma redução histórica no número de casamentos, com apenas 6,8 milhões de novos casais. O menor número de casamentos desde 1986.
A título de comparação, o ano de 2021 teve 800 mil casamentos a mais. Essa diminuição acendeu uma alerta em relação ao futuro demográfico do país.
Com relação a taxa de natalidade, também houve uma queda recorde, ficando abaixo de 1,09 em 2022. Entre as mais baixas do mundo.
Os números preocupam, pois isso implica no envelhecimento. Por isso a necessidade de ações como esse auxílio para casais, que visam aumentar o número de natalidade do país.
Outros investimentos que a China vem fazendo nesse sentido, é investir em infraestrutura das creches, escolas e em políticas de fertilidade.
A dimensão do desafio
O desafio da China em resolver essa situação vai além de promover um auxílio para os casais ou de fazer algumas reformas estruturais.
Isso porque, culturalmente a China ainda vive contexto de estereótipos e estrutura social no qual mulher é vista como “a” responsável pela família e pelo cuidado do lar.
A consequência disse são várias, inclusive a manutenção da desigualdade de gênero e isso tem implicado nas decisões de mulheres em construir uma família.
Sem contar com as preocupações com relação a estabilidade financeira, que consequentemente implica no receio de se ter um filho(a).
Portanto, é justo que diante desse cenário, o governo chinês implemente políticas mais “agressivas” para tentar solucionar o problema.
A ideia é estabelecer um equilíbrio entre a taxa de natalidade e o envelhecimento da população. E assim garantir o crescimento e o desenvolvimento econômico a do país nas próxima gerações.
Todavia, essa situação não está restrita ao condado de Changshan, mas a toda a China, sendo o auxílio para casais, um exemplo dos esforços para tentar solucionar o problema demográfico do país.
Portanto, é através de soluções inovadoras, muito dinheiro e até mesmo uma tentativa de mudança cultural na perspectiva de gênero e da condição da mulher na sociedade chinesa, que o principal país asiático pretende mudar essa realidade.
Dessa forma, é fundamental que essas medidas tenham sucesso para que a China garantir o equilíbrio do seu desenvolvimento e também novos herdeiros e herdeiras dos olhinhos puxados
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