O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu luz verde nesta segunda-feira (07) para que o Ministério da Justiça compartilhe com a CPI dos Atos Golpistas as imagens capturadas pelos circuitos internos e externos em 8 de janeiro de 2023, dia em que ocorreram ações de vandalismo contra as sedes dos três poderes. O ministério já havia recebido um pedido para a liberação dos vídeos, porém, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, a entrega dessas imagens poderia descumprir diretrizes do STF referentes à proteção do material, causando empecilhos nas investigações.
Justificativas à parte, após a divulgação da decisão favorável de Moraes, o Ministério da Justiça anunciou que solicitará auxílio da Polícia Federal para realizar a entrega do material requisitado.
A relevância destas imagens para as investigações
A polêmica em torno da liberação deste material iniciou quando o Delegado Ramagem (PL-RJ) declarou que “a negativa de atendimento à medida não é apenas inadmissível, mas inconstitucional”. O Deputado Esperidião Amin (PP-SC) reforçou o papel crucial deste material nas investigações ao afirmar que os vídeos são fundamentais para averiguar se houve omissão das autoridades no dia dos atos golpistas.
Contrapontos e atividades futuras
Por outro lado, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), deputada governista, se pronunciou defendendo o ministro da Justiça, Flávio Dino. De acordo com Feghali, Dino está se resguardando ao afirmar que não pode entregar os vídeos, uma vez que existe um sigilo de investigação a ser preservado.
Com a autorização do STF para a entrega das imagens e o Ministério já planejando entrar em contato com a Polícia Federal para dar seguimento ao processo, espera-se um avanço significativo nas investigações. Essas imagens poderão trazer novas informações e colaborar para uma compreensão mais precisa dos ocorridos no fatídico 8 de janeiro de 2023.
O que esperar a partir de agora?
Enquanto as imagens não são entregues e analisadas, a população brasileira aguarda ansiosamente por respostas mais concretas sobre as ações de vandalismo e os possíveis erros das autoridades. Este cenário reforça a importância dos processos de investigação e a necessidade da transparência por parte do poder público.