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Escândalo do Pix: Coaf revela a redistribuição de R$ 17,2 milhões de Bolsonaro

Coaf: Bolsonaro e o intrigante 'Escândalo do Pix'
Coaf: Bolsonaro e o intrigante 'Escândalo do Pix'

No centro das últimas notícias políticas está mais um capítulo sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desta vez, envolvendo o famigerado ‘Escândalo do Pix’, que teve como base um relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) apresentado neste sábado, 5 de agosto de 2023.

Segundo o relatório, Bolsonaro distribuiu os R$ 17,2 milhões provenientes dessa polêmica de maneira inesperada. Em contradição às especulações iniciais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não foi a principal beneficiária dos fundos arrecadados pelo marido, tendo recebido apenas cerca de 3% do total, ou R$ 56 mil.

Quem se beneficiou do escândalo do Pix?

No entanto, levantou-se um grande questionamento: se Michelle Bolsonaro não foi a maior beneficiária, quem o foi então? A resposta é Leda Maria Marques Cavalcante, síndica do condomínio Estância Quintas da Alvoradas, onde Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, reside com a esposa e a filha em Brasília. Leda foi extraordinariamente beneficiada com R$ 78 mil, divididos em seis transferências bancárias.

Quais as outras movimentações de dinheiro suspeitas?

A análise do Coaf também mostrou outras movimetações suspeitas. A Casa Lotérica Jonatan e Felix Ltda, localizada em Eldorado, interior de São Paulo, recebeu R$ 14 mil. O proprietário dessa lotérica é Angelo Guido Bolsonaro, irmão do ex-presidente. Além disso, Osmar Crivelatti, tenente do Exército e atual assessor de Bolsonaro, aparece na lista recebendo R$ 11,5 mil, distribuídos em 29 transferências bancárias.

Por que Jair Bolsonaro é acusado no escândalo do Pix?

De acordo com as alegações da deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), Jair Bolsonaro promoveu uma arrecadação de fundos, pedindo dinheiro aos seus apoiadores com o objetivo de supostamente pagar as multas recebidas devido a infrações das normas sanitárias durante a pandemia do coronavírus. No entanto, ao invés de pagar as multas, o dinheiro teria sido investido, o que pode configurar estelionato.

A situação tornou-se ainda mais suspeita quando o Coaf descobriu que, ao em vez de quitar suas multas, o ex-presidente investiu os R$ 17,2 milhões arrecadados em aplicações de renda fixa, tornando a situação delicada e exigindo mais esclarecimentos sobre a grave alegação levantada contra Bolsonaro.