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Endividados Fique ATENTO A Essa Notícia

notícia triste para os endividados confira
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O endividamento da população brasileira segue em alta, atingindo 78,3% das famílias do país em abril de 2023, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Essa é a mesma marca observada nos dois meses anteriores, mantendo-se no mesmo patamar do recorde registrado em 2022.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) explica que embora tenha perdido força nos últimos meses de 2022, o endividamento ainda está muito alto e reflete as dificuldades dos brasileiros em honrar suas dívidas.

A taxa de endividamento cresceu fortemente em 2021 devido ao impacto da pandemia da covid-19 e continuou subindo em 2022, alcançando seu ponto máximo em setembro.

A inflação elevada e as 12 elevações consecutivas da taxa básica de juros da economia, a Selic, pelo Banco Central entre março de 2021 e agosto de 2022 contribuíram para o cenário desafiador que o país enfrenta. A Selic continua em 13,75% ao ano, mantida pelo sexto mês consecutivo.

Famílias de baixa renda estão entre os mais endividados

De acordo com a Peic, em abril deste ano, os consumidores de baixa renda foram os mais afetados pelo endividamento, enquanto aqueles com renda mais elevada também tiveram altas taxas de endividamento.

Em março, os consumidores com renda de 0 a 3 salários mínimos apresentaram a maior taxa de endividamento (79,0%), seguidos pelos de 3 a 5 salários mínimos (78,7%), 5 a 10 salários mínimos (77,8%) e acima de 10 salários mínimos (75,3%).

Há um ano, a segunda faixa de renda (de 3 a 5 salários mínimos) tinha a maior taxa de endividados do país (78,8%), enquanto os mais pobres apresentavam uma taxa de endividamento de 78,4%, e os mais ricos tinham a menor taxa (74,5%).

Durante o período de abril de 2022 a abril de 2023, a terceira faixa de renda (5 a 10 salários mínimos) apresentou o maior aumento percentual de endividamento (1,2 ponto percentual), seguida pelos mais ricos (0,8 ponto percentual) e os mais pobres (0,6 ponto percentual). A única exceção foi a segunda faixa de renda, cujo percentual de endividamento recuou 0,1 ponto percentual.

Inadimplência elevada

A quantidade de famílias inadimplentes permaneceu alta em abril, assim como o endividamento. De acordo com a Peic, cerca de 30% das famílias tinham dívidas atrasadas no país. Embora a taxa tenha caído ligeiramente de março para abril, ainda superou em 0,5 ponto percentual a taxa registrada em abril de 2022.

A inadimplência pode ser impulsionada por vários fatores, como possuir múltiplos cartões de crédito e não gerenciar adequadamente as finanças pessoais e as datas de pagamento das contas. A Peic também indicou que 11,6% das pessoas não conseguirão pagar suas dívidas em atraso, refletindo um aumento das dificuldades financeiras no país.

É importante ficar atento à situação financeira pessoal e limitar as dívidas apenas às necessidades, a fim de evitar o endividamento e a inadimplência.

Endividamento provavelmente deve bater recorde em 2023

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) há mais de dez anos, ganha ainda mais importância no atual cenário econômico do Brasil.

Segundo o presidente da CNC, a pesquisa é uma ferramenta potente para o planejamento dos empresários do setor terciário, consumidores e tomadores de decisão no campo político.

Dados inéditos da CNC projetam que a partir de julho deste ano, a proporção de endividados deve crescer, encerrando o ano em nova máxima histórica. Por sua vez, o percentual de pessoas com dívidas atrasadas há mais de três meses só deve diminuir no final do ano.

A pesquisa é realizada em todas as capitais dos estados do Brasil e no Distrito Federal, entrevistando cerca de 18 mil pessoas, e coleta importantes indicadores de endividamento e inadimplência, permitindo traçar o perfil do endividamento, acompanhar o nível de comprometimento do consumidor com dívidas e a percepção em relação à capacidade de pagamento.