O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Marcio Macedo (PT), disse que “o presidente Lula determinou e me orientou que dissesse (à Associação de Ucranianos em Portugal) que o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, que esteve na Rússia, vai visitar a Ucrânia”.
A declaração foi dad por Macedo, em Lisboa, durante a visita do presidente Lula a Portugal.
Contudo, Macedo acrescentando que a visita não tem ainda data, até por uma questão de segurança.
Em contrapartida, os ucranianos garantiram que não vão participar dos protestos contra Lula, que ocorrerão no dia 25, em frente à Assembleia da República.
O presidente brasileiro está em Portugal desde o dia 21, e ficará 5 dias em Portugal. Depois o Lula segue para Madri, na Espanha.
Após articulação feito por Lula, Macedo recebeu representantes da Associação de Ucranianos em Portugal na embaixada brasileira em Lisboa.
A Associação reivindicava “a intervenção de Lula da Silva nesse conflito da Rússia contra a Ucrânia e convidava o Presidente Lula para ir à Ucrânia”, explicou.
Lula vai enviar Celso Amorim a Ucrânia
A posição do governo brasileiro colocou a sua posição em relação ao conflito entre Rússia e a Ucrânia:
“A vocação do Presidente Lula é pela paz. Então eu disse que recebi eles com muita honra”, afirmou Márcio Macedo.
“o Presidente vai trabalhar para unir outros países para se buscar uma alternativa para acabar com esse conflito, que não faz bem à humanidade e que já durou tempo demais”
De acordo com Amorim. a posição do Presidente brasileiro, “é de juntar países que possam ajudar a encerrar o conflito”.
Em relação as criticas que atingem o presidente Lula por conta de suas declarações sobre a guerra, segundo Macedo:
“houve uma interpretação que não condiz com a posição do Presidente Lula”. E realçou: “Lá no diálogo não tinha nenhuma animosidade (com os ucranianos), pelo contrário, foi uma reunião muito boa”.
“O Presidente me solicitou que eu em nome dele me solidarizasse com todas as famílias vitimadas por essa guerra”, continuou, e que dissesse que Lula da Silva, “tal como teve a obsessão de, no Brasil, acabar com a fome, também tem a determinação de ajudar a que esse conflito acabe”.
Polêmicas do presidente brasileiro sobre a guerra
Todavia, sobre a posicionamento da União Europeia e de Portugal, o ministro de Lula da Silva disse que:
“Nós respeitamos a posição do continente europeu e dos países que estão de alguma forma envolvidos no conflito, mas a posição do Brasil é de neutralidade. Por uma razão muito simples, é que se o Brasil tomar partido por um lado ou por outro, perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz”.
“Esse é o sentimento do Presidente Lula e essa é a tradição do Brasil”, assegurou.
Em uma de suas falas sobre a questão, Lula disse que o Brasil:
“respeita a resolução da ONU que condena a invasão de um país ao outro” e defende “a soberania dos países e a autodeterminação dos povos”.
“O presidente Lula quer com a liderança que tem hoje no mundo encontrar países que tenham a determinação de não se envolver no conflito…
…de não tomar posição nem para um lado, nem para o outro, para ter condições políticas de encontrar um caminho para a paz e para acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia”, concluiu.
Por fim, Lula fica em Portugal até segunda-feira, 25 de abril.
Lula viajou acompanhado dos ministros da Cultura, Transportes, Saúde, Defesa, Ciência e Tecnologia, Igualdade Racial e Direitos Humanos e da Cidadania.
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