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Governo Começa A Se Pronunciar Sobre o Minha Casa Minha Vida

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO MINHA CASA MINHA VIDA
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Foram divulgados recentemente mais detalhes sobre o programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV). Especificamente em relação à Faixa 1 do programa, que é destinada às pessoas com os menores níveis de renda e na qual o governo subsidia a maior parte do valor do imóvel.

Novas Unidades

De acordo com uma portaria publicada no Diário Oficial, foi estabelecido um teto de R$ 170 mil para as unidades habitacionais construídas nesta faixa.

O Itaú BBA estima que, das duas milhões de residências que devem ser construídas pelo programa até 2026, cerca de 500 mil sejam classificadas na Faixa 1.

Os analistas avaliam que há um grande potencial para projetos na Faixa 1, visto que o preço máximo estabelecido por unidade é de R$ 170 mil. Sobretudo, o que pode resultar em uma margem bruta de rentabilidade de 25% para um projeto padrão.

“Se levarmos em conta também os possíveis subsídios adicionais que estados e municípios podem oferecer às empresas,. Como já aconteceu no passado, o programa fica ainda mais atraente para estas construtoras. Além disso, riscos e custos comerciais (como custos de estoque, marketing, vendas, comissões, entre outros) são eliminados. Uma vez que as unidades já estão vendidas”, apontam os analistas.

Expectativas do setor imobiliário e bancos

Uma questão que surge é se as empresas do setor imobiliário estarão interessadas. Considerando que o novo teto pode beneficiar todas as construtoras voltadas para o segmento de baixa renda. Como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3), MRV (MRVE3), Plano & Plano (PLPL3) e Tenda (TEND3).

“Vale dizer que apesar deste potencial de ganhos, as companhias têm alguns pontos de atenção em relação ao programa da Faixa 1. Entre eles, estão exigências mais rígidas do governo quanto à tipologia das unidades, o que pode encarecer os projetos, e o próprio financiamento das habitações. Isso é, enquanto as demais faixas do Minha Casa Minha Vida são
amparadas pelo FGTS, a Faixa 1 é financiada pelo Governo Federal”, aponta o BBA.

As estimativas do Bradesco BBI indicam que o novo teto estabelecido para a Faixa 1 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida pode demandar até R$ 20 bilhões por ano em subsídios públicos. Isso significa que, se houver atrasos na aprovação orçamentária do governo, as empresas podem enfrentar atrasos no recebimento de pagamentos. Como ocorreu entre 2015 e 2016.

Apesar disso, os analistas acreditam que todas as construtoras voltadas para o segmento de baixa renda têm potencial para se tornarem importantes participantes na Faixa 1 do programa. Desde que os riscos sejam endereçados. Eles mantêm uma visão positiva para essas empresas, com preferência pelas ações da Cury e Direcional, devido à liquidez.

O Bradesco BBI também ressalta que o apetite e o potencial impacto nas construtoras ainda dependem de regras a serem definidas. Mas é importante ver as mudanças sendo anunciadas pelo governo federal. Os analistas apontam que o próximo passo pode ser a nomeação do novo Conselho Curador do FGTS, o que pode se tornar um obstáculo para novas mudanças se não for definido a tempo.