É importante que os clientes desses bancos falidos fiquem atentos e entrem em contato com o Fundo Garantidor de Créditos o quanto antes para garantir o resgate do dinheiro a que têm direito. O prazo para realizar essa solicitação é de até 180 dias a partir da decretação da liquidação extrajudicial pelo Banco Central.
Além disso, é preciso verificar se o tipo de aplicação feita está dentro das garantias oferecidas pelo FGC. Caso contrário, o credor pode não ter direito ao ressarcimento total do valor investido.
Devemos destacar que o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada sem fins lucrativos que tem como objetivo garantir a segurança dos investimentos feitos por pessoas físicas e jurídicas em instituições financeiras, até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.
Caso a instituição financeira venha a falir, o FGC garante o ressarcimento dos valores investidos aos seus clientes.
Porém, para ter direito à garantia do FGC, é necessário que a aplicação esteja dentro dos limites de cobertura e que a instituição financeira em questão esteja associada ao Fundo.
Além disso, é importante que o investidor mantenha atualizado o seu cadastro no banco ou corretora, para que possa ser facilmente identificado pelo FGC em caso de falência da instituição.
No caso específico da BRK e da Portocred, os clientes que tinham valores aplicados nas instituições e que ainda não entraram em contato com o FGC devem fazê-lo o quanto antes, a fim de garantir o ressarcimento dos valores investidos.
R$600 milhões poderão ser pagos
No mês de março, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) iniciou o processo de pagamento das garantias aos credores das empresas falidas. A BRK tinha cerca de 45 mil clientes com direito a receber cerca de R$ 1,7 bilhão, enquanto a Portocred devia R$ 507 milhões a 13 mil credores.
O total a ser pago pelo FGC era de aproximadamente R$ 2,2 bilhões, no entanto, até a segunda-feira (10), somente 36 mil das 54 mil pessoas com direito a receber haviam solicitado o resgate. Como resultado, foram pagos cerca de R$ 1,65 bilhão até o momento.
Como se cadastrar?
Ainda é possível para as 18 mil pessoas e empresas que ainda não solicitaram o resgate dos valores investidos nos bancos falidos, cadastrarem-se para receber o dinheiro.
Para as pessoas físicas, é necessário fazer o cadastro pelo aplicativo do FGC e apresentar um documento de identificação, como RG ou CNH, além de informar uma conta bancária de titularidade do credor para receber o valor.
No entanto, se o titular da conta for menor de idade ou inventariante, é necessário entrar em contato pelo e-mail [email protected] e enviar a documentação pelo Correios.
Já as empresas devem fazer o cadastro no site do FGC para que o Fundo possa entrar em contato com o representante judicial e solicitar a documentação e informações necessárias para realizar o pagamento.