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MST ganha espaço no governo Lula

MST ganha espaço no governo Lula
MST ganha espaço no governo Lula

Desde o começo do governo do presidente Lula (PT), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tem realizado ocupações de terras, algumas legitimas outras não.  

Na última segunda-feira, 03, o Movimento deu início a “Jornada Nacional do Abril Vermelho”. A Jornada começou com a ocupação das terras do Engenho Cumbe, em Pernambuco.

Outras ocupações são esperadas para os próximos dias

Uma diferença muito obvia em relação ao tratamento dedicado ao MST pelos governo Lula e Bolsonaro, é que o movimento de luta pela terra teria um espaço e atenção do petista, que jamais teve ou teria do com Fujão Imbrochável.

Aliás, Bolsonaro elevou o MST a status de grupo terrorista.

Enquanto isso, no cercadinho de milico e assassinos de vereadoras, que os diga Marielle Franco, vai muito bem obrigado. Ou melhor, ia.

Dessa forma, seria evidente que representantes do MST ganhassem espaço dentro do governo Lula. E assim está sendo.

O que é legitimo, a final de contas, faz parte de um movimento politico que representa o interesse de milhões de brasileiros.

Assim como a bancada evangélica, a bancada da bala, a bancada que representa os empresários e aí por diante…

Governo Lula e a participação do MST

A saber, um desses representes do MST no governo petista é o ex-deputado estadual Edegar Pretto (RS).

Preto, foi nomeado presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no dia em 21 de março.

Outro nome do MST que também está no governo Lula é de Milton José Fornazieri, como Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Fornazieri será responsável pela coordenação de ações dentro da Conab. A Secretária conta com um orçamento de R$ 1,5 bilhão para 2023.

A nova organização da Esplanada dos Ministérios, onde Lula retirou o Conab da tutela do Ministério da Agricultura, incomodou a bancada do agro no Congresso Nacional, obvio.

Afinal de contas, os empresários do Agronegócio pensam que as terras do país são todas suas e somente eles podem explorá-las.   

Isso levou os parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) a questionar a participação do MST na estatal.

“Quando a gente fala da Conab, que é um órgão pensador do agro brasileiro, que faz planejamento, que vê tamanho de safra, isso tem que estar próximo do Ministério da Agricultura”, defendeu o deputado Pedro Lupion (PP-RS).

Além disso, Keli Mafort, coordenadora nacional do MST, vai chefiar a Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas da Presidência da República.

Da Bahia veio a indicação do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) para vice-líder do partido na Câmara dos Deputados.

 Assunção está no seu quarto mandato e já participou do trabalho de base do MST e ocupação de terras no interior da Bahia.

Como vice-líder do partido de Lula, o deputado petista será responsável por integrar as reuniões para definição da pauta e posicionamentos da sigla dentro da Câmara dos Deputados.

Número de ocupações de terras pelo MST no início do governo Lula

Desde o início do governo Lula em 1° de janeiro, o MST já fez 15 ocupações de terra. Enquanto que no mesmo período do governo Bolsonaro haviam sido 11 ocupações.

As informações são do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

A até o fechamento desse artigo, a última ocupação realizada pelo MST foi na última segunda-feira, 03. Cerca de 250 integrantes do Movimento ocuparam uma área de 800 hectares de terras da usina na cidade de Timbaúba, em Pernambuco.

Segundo o MST, as terras “não cumprem função social, que é produzir alimentos para a sociedade”.

De acordo com represente do grupo, as terras são do governo do estado de Pernambuco, além de acusarem a usina de grilagem de terras.

Outra terra ocupada pelo MST foi uma fazenda na cidade de Hidrolândia, no interior de Goiás, no dia 25 de março.

A fazenda pertence à União, foi incorporada ao seu patrimônio após um empresário Suiço, Pietro Chiesa ser condenado com mais nove pessoas, por tráfico internacional de mulheres e meninas para prostituição.

A fazenda era utilizada como rota. O imóvel foi arrestado para a União, junto com demais bens do patrimônio de Chiesa e de outros condenados.

Nesse caso a ocupação teve sucesso, visto que o governo federal sinalizou que vai incluir a fazenda nos programas de reforma agrária.

Presidente do Incra

Contudo, apesar do grande espaço que MST ganhou dentro do governo Lula, o movimento não ficou satisfeito com a indicação do servidor de carreira, César Aldrighi para a presidência do Incra.

A princípio houve uma tensão por causa das invasões a propriedades privados pelo MST no início do ano.

No entanto, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), sinalizou que o governo vai “proteger” a propriedades privadas.

“O Ministério do Desenvolvimento Agrário vai atuar conforme a Constituição, proteger a propriedade privada e exigir o cumprimento da função social da propriedade. A mim agora cabe ajudar na superação desse conflito e cabe também estabelecer mecanismos preventivos de novos conflitos”, afirmou Texeira ao jornal Folha de S. Paulo.

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