Após o primeiro mês do governo Lula fechar as contas com um superávit de R$ 78,3 bilhões, foi a vez do mês de fevereiro fechar com um déficit de R$ 41 bilhões.
O dado foi compartilhado pela Secretaria do Tesouro Nacional na última quinta-feira, 30 de março.
Portanto, no mês de fevereiro, as despesas do governo foram maiores do que as receitas em R$ 41 bilhões. Isso, sem levar em consideração o pagamento dos juros da dívida pública.
Os números apresentados pela Secretaria do Tesouro são os piores para ao mês de fevereiro desde 1997.
Previsão para as contas do governo em 2023 – Déficit ou superávit?
Apesar de ter ficado no vermelho em fevereiro, no acumulado do ano, janeiro e fevereiro, o governo tem um superávit de R$ 37,8 bilhões.
Inicialmente, o orçamento do governo para esse ano era um déficit de R$ 228 milhões, mas com as medidas do governo, a expectativa é que esse rombo seja de “apenas” R$ 107,6 bilhões.
Entretanto, segundo declaração do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, esse déficit pode ser ainda menor, cerca de R$ 50 bilhões.
Ceron declarou na última quinta-feira, 30 de março, que em abril o governo irá apresentar as medidas de recomposição do orçamento.
Em comparação a fevereiro de 2022, as contas do governo ficaram no déficit de R$ 20,4 bilhões.
Durante uma entrevista, Rogério Ceron, afirmou que o resultado, apesar de negativo, pareceu “satisfatório”.
“Os três primeiros meses são mais desafiadores porque não têm efeitos das medidas que já tomamos”, disse Rogério Ceron, que foi indicado para a secretaria pelo atual ministro da Economia, Fernando Haddad.
De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo teria autorização para um déficit de no máximo R$ 65,8 bilhões em 2023.
PEC da Transição aumento orçamento do governo
Contudo a partir da aprovação da PEC da Transição, o déficit nas contas do governo pode chegar a até R$ 228,1 bilhões, o que corresponde a 2,1% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
É importante lembrar que PEC da transição foi um orçamento alternativo apresentado pelo atual governo em contrapartida ao orçamento de “padaria” apresentado pelo ex governo Bolsonaro.
Para se ter uma ideia, o orçamento apresentado pelo então ministro Paulo Guedes, praticamente não contemplava recursos para ações básicas de responsabilidades do governo. Como por exemplo, orçamento para prevenção de calamidade pública, e até mesmo para o Bolsa Família.
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